FLORESTAS
Para a CNI, o fortalecimento da competitividade do setor florestal
representa a possibilidade de protagonismo do país no mercado
internacional e na agenda da sustentabilidade
O Brasil possui uma grande cobertura florestal, a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. O setor de base florestal brasileiro é responsável por cerca de 3,5% do PIB do Brasil (2007), equivalente a US$ 37,3 bilhões, e por 7,3% das exportações totais do país, equivalente a US$ 10,3 bilhões. O setor é ainda responsável pela geração de aproximadamente 7 milhões de empregos.
O setor de florestas plantadas apresenta produção integrada e estrutura produtiva complexa, incluindo produtores de equipamentos, insumos, projetos de engenharia e empresas de produtos florestais. Entretanto, mesmo com uma participação significativa na economia nacional, ainda existe espaço para a ampliação da produção e de agregação de valor dos produtos florestais no país.
O segmento responsável pela exploração sustentável de florestas nativas ainda convive com altos índices de ilegalidade e com baixa competitividade. O setor de base florestal nativa legal encontra dificuldades para expandir seus negócios, especialmente na região Amazônica, devido às restrições impostas pela legislação frente ao apelo ambiental que a região desperta.
A ilegalidade deve ser combatida para construirmos um ambiente adequado para enfrentar os desafios técnicos, regulatórios e políticos ao desenvolvimento de um mercado de madeira tropical. Ações de comando e controle devem ser implementadas com uso de inteligência e lançando mão das informações e das ferramentas de controle disponíveis, como o Sinaflor, por exemplo, sem aumentar a burocracia.
A expansão das áreas de concessões florestais, pautadas no manejo florestal sustentável, é uma oportunidade para a ampliação da oferta de madeira tropical de florestas nativas e uma importante estratégia para conservação das áreas florestais remanescentes.
A indústria de base florestal precisa desenvolver todo seu potencial, seja pelo crescimento da produção, seja na promoção de novos produtos e modelos de negócio com foco no desenvolvimento de novos materiais. A construção de um ambiente de negócios favorável e o fortalecimento das instituições que cuidam do tema são fatores imprescindíveis para a melhoria da competitividade do setor e para o desenvolvimento do potencial florestal do país, tanto de florestas plantadas quanto de nativas.
Mensagens-chave
Melhorar o ambiente de negócios para desenvolver o setor de base florestal.
Necessita-se de burocracia reduzida, marco regulatório claro e instrumentos de controle efetivos.
Promover o crescimento da demanda por produtos florestais.
Para isso, deve-se fortalecer o mercado e desenvolver novos produtos, com investimentos em P&D.
Fortalecer os órgãos federais responsáveis pela agenda florestal.
As esferas institucionais que tratam do tema devem ser estruturadas, com autonomia administrativa e financeira.
Utilizar fundos de financiamento para promoção do mercado florestal.
O Fundo Amazônia, o FNDF e os fundos constitucionais devem estimular inovações e melhorar a cadeia produtiva.
Agenda prioritária 2024
Articulação e elaboração de posicionamentos e estratégias relacionadas aos temas: combate ao desmatamento ilegal, regularização fundiária, manejo florestal sustentável e concessões florestais.
Acompanhar e influenciar a implementação dos sistemas de monitoramento de madeira tropical, como Sinaflor+, Sistema de Rastreabilidade da Madeira e Plataforma Pau-Brasil.
Acompanhamento nas discussões e elaboração de posicionamento quanto à Lista Nacional de Espécies de Flora Ameaçadas de Extinção e CITES (comércio internacional de espécies ameaçadas).
Participação nas reuniões da Comissão de Gestão de Florestas Públicas (CGFLOP/SFB), do Conselho Consultivo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF/SFB), da Câmara Setorial de Florestas Plantadas e do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA), com apresentação de contribuições técnicas às discussões.
Estudos e análises
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