indústria de a - z

Os desafios da retomada da economia e do crescimento pós-pandemia

A economia e os desafios da retomada do crescimento pós-pandemia

A perspectiva de retomada da economia para 2022 é boa. Em 2021 economia brasileira já demonstrou crescimento com as exportações brasileiras respondendo positivamente e fechando o ano batendo recordes.

 

 

O comércio teve cresceu 35,8% em relação ao ano anterior superando o recorde de US$ 481,6 bilhões registrado em 2011. O saldo comercial cresceu 21,1% comparado com 2020 e ficou acima do recorde de US$ 56 bilhões de 2017. Nas exportações, o crescimento foi de 34% em comparação ao ano anterior, batendo o recorde de US$ 253,7 bilhões de 2011. As importações subiram 38,2% em relação a 2020 e tiveram o maior resultado desde 2014, quando ficaram em US$ 230,8 bilhões. O recorde de valor importado foi o de 2013, de US$ 241,5 bilhões.

 

Quais os principais desafios para a retomada da economia do Brasil?

 

O Brasil enfrentará desafios para a retomada do crescimento no pós-pandemia, atualmente com tamanha imprevisibilidade gerada pela pandemia, projetar cenários futuros e garantir a resiliência dos processos de negócio tornou-se um exercício de extrema incerteza, demandando perspectivas e vivências diferenciadas em busca de um caminho comum, embora os impactos sejam diferentes para os diversos tipos de setores.

Investir em serviços personalizados e com maior qualidade, bem como enxugar o orçamento, reduzindo gastos com a adoção do home office e com a digitalização de processos, vem sendo, e há expectativas de que será, o grande desafio da indústria brasileira.

Já é possível identificar que, enquanto alguns segmentos devem ter uma alta sustentável, outros encararão uma retomada lenta. Para este segundo segmento, é considerável a revisão da aplicação de novas metodologias e projetos estratégicos que podem tornar possível a transformação do negócio a médio e até curto prazo.

A economia do Brasil foi intensamente impactada por uma crise sanitária sem precedentes causada pelo cenário atípico da pandemia do novo coronavírus, iniciada no país em março de 2020.

Diante às medidas de isolamento social decretadas pelos governos locais e pelo órgão regulador de vigilância sanitária (a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA), foi escancarado no país um cenário de desigualdade social e de crise econômica que já era preocupante.

Com o tempo e o relaxamento das medidas de isolamento social, setores que estavam sobrestados por decreto governamental puderam retornar às atividades. O desafio, então, vem sendo enfrentar a crise econômica e instabilidade política que o país vem vivenciando, na tentativa de retomada da economia do Brasil ao patamar pré-pandemia.

No contexto mais específico, um estudo feito pela consultoria internacional BIP revela que os setores mais afetados são os chamados “não essenciais” como combustíveis, esportes, shows e eventos, aviação, turismo e hotelaria. Segundo a instituição, será necessário que estes setores praticamente retomem suas economias do zero, o que tornará a retomada econômica muito lenta.

 

Conheça outros temas: Indústria 4.0, Robótica, Custo Brasil, Comércio Exterior, Política Industrial, Infraestrutura, Reforma Tributária, Bioeconomia 

 

 

Nesta página você vai encontrar:
 
Seta bullet point, indicando tópicos de âncoras Seta bullet point, indicando tópicos de âncoras Seta bullet point, indicando tópicos de âncoras Seta bullet point, indicando tópicos de âncoras Seta bullet point, indicando tópicos de âncoras Seta bullet point, indicando tópicos de âncoras

Ritmo de retomada da economia brasileira

 

 

Dados da CNI indicam que 2021 seguirá o ritmo de retomada da economia já vista no segundo semestre de 2020. Segundo especialistas, no início do ano o crescimento deve ser mais lento, entretanto, a partir do segundo semestre, haverá mais espaço para crescer com estímulos monetários. A questão fiscal é o principal desafio para 2021.

À altura atual da pandemia, outro ponto vem sendo classificado como de extrema importância para a recuperação da economia: a vacinação da população em massa. À medida em que a vacinação for avançando, as incertezas econômicas, políticas e sociais relacionadas ao contexto pandêmico se dissiparão. A confiança trará novo fôlego ao consumo e à produção.

 

Inversão de hábitos de consumo

 

A queda dos indicadores econômicos e as novas práticas de consumo da população inverteram a matriz econômica do Brasil. O cenário deu início ao “novo normal”, onde houve uma grande inversão de hábitos de consumo dos brasileiros.

Negócios pautados em plataformas digitais, por exemplo, ganharam espaço e continuarão crescendo de forma sustentável no pós-crise. Houve também a migração de consumo em restaurantes para deliverys, entretenimento online e otimização do trabalho remoto que reduziu, inclusive, o custo de deslocamento aéreo e terrestre.

O aumento do consumo de produtos de cuidados com saúde e a redução do consumo de bens designados como “não essenciais” também foram fatores relevantes ao longo deste período.

 

 

 

 

Qual o cenário da Indústria no pré e pós-pandemia?

 

Mesmo com todo o cenário da economia e a dependência econômica de outros países, há, no Brasil, um forte desenvolvimento nos diversos tipos de indústrias, desde a base até a alta tecnologia. Esse crescimento industrial é motivado pelo capital externo e pelas multinacionais instaladas em território brasileiro.

A dependência da produção industrial e também das tecnologias por países desenvolvidos denota fragilidade econômica, que poderia ser amenizada, por exemplo, com implementação de planos governamentais e projetos que viabilizem a produção das áreas de ciência e tecnologia, com fins de promover o desenvolvimento industrial nacional.

VEJA TAMBÉM: CNI analisa os próximos desafios nacionais e globais da indústria brasileira

No contexto pré-pandemia, setores como o farmacêutico, automobilístico, eletroeletrônico, energético, têxtil e agroindustrial ganhavam destaques na produção do país. Após o início da crise sanitária, 70% das indústrias brasileiras tiveram impacto negativo nos seus negócios.

O dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi divulgado pelo Portal da Indústria.  Segundo a pesquisa, a indústria foi classificada como o segundo setor mais atingido, ficando atrás somente do setor de serviços e seguido por indústria, construção e comércio.

Para o cenário atual e visando um contexto pós-pandêmico, o desafio da Indústria é aplicar mudanças estruturais e comportamentais que vão trabalhar em prol do reequilíbrio financeiro.

Outra vertente que pode auxiliar a recuperação das empresas é utilizar o avanço tecnológico para explorar uma fase transacional, incorporando a Indústria 4.0, que requer investimento em processos integrados e mudança cultural.

Em contribuição ao esforço de retomada da economia das indústrias do Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregou ao Congresso Nacional e ao governo o documento “Propostas para a retomada do crescimento econômico”.

 

De forma geral, o documento contém 19 sugestões de ações para enfrentar, de modo emergencial, a conjuntura econômica adversa.O documento proposto também aponta medidas estruturais para melhorar o ambiente de negócios, reduzir o Custo-Brasil (conjunto de problemas estruturais, burocráticos, financeiros e políticos que encarecem o investimento no Brasil e impacta o crescimento da economia) e estimular os investimentos produtivos.

O portal da Indústria criou também uma página sobre a indústria no combate à Covid-19, em que traz as principais informações acerca deste tema para o setor.

 

Qual o papel do Estado na retomada da economia?

 

Qual o papel do Estado na retomada da economia

 

Ainda que as principais pautas do Congresso estejam voltadas a maneiras de mitigar ou minimizar os impactos causados pela pandemia, para uma recuperação econômica é necessário dar importância à retomada de agenda de reformas que retomem a confiança e remediação política externa com fins de cessar a desconfiança econômica dos parceiros comerciais e dos principais e futuros investidores.

VEJA TAMBÉM: Entenda a economia do Brasil, seu contexto, atualidades e perspectiva

Seguem alguns exemplos de medidas que podem subsidiar a recuperação econômica:

- Dar suporte a vigência dos programas de crédito emergencial e às linhas de financiamento, principalmente para as pequenas empresas;

- Parcelar o pagamento dos tributos que foram adiados e instituir um programa de repactuação dos débitos tributários;

- Dar vazão à reforma tributária, que deve tornar a cobrança de impostos mais racional e gera aumento de competitividade dos produtos brasileiros tanto no mercado doméstico quando no internacional;

- Reduzir as despesas com o funcionalismo e aumentar a eficiência do setor público.

*Todas essas medidas foram sugeridas e constam do documento proposto ao governo pela CNI.

O caminho para retomada da economia do Brasil é enorme. Se governo, empresas e sociedade atuarem em conjunto, cada um dentro de suas especificidades, identificando os principais gargalos e buscando formas de solucioná-los, é possível impulsionar a retomada da economia no país.