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Produtividade na Indústria

Produtividade na indústria

O que é produtividade?


A produtividade é essencial para o crescimento sustentado da produção. A produtividade é também um dos principais determinantes da competitividade de uma empresa.

Produtividade é produzir mais, sem aumentar a quantidade de fatores de produção empregada (capital e trabalho). A empresa poderia empregar mais máquinas e equipamentos e/ou empregar mais pessoas para obter uma produção maior. Mas, há um limite para a disponibilidade de recursos, enquanto para o aumento da produtividade não há.

Quando a empresa aumenta sua produtividade, significa que utiliza os recursos disponíveis de forma mais eficiente.

A produtividade é uma medida de performance econômica, que compara o montante de bens e serviços produzidos (output) com o montante de insumos (input) usados para produzir tais bens e serviços. Aumentando a produtividade, uma economia é capaz de produzir – e consumir – mais produtos e serviços, sem aumentar a quantidade de recursos empregados.

O principal meio para elevar a produtividade é a inovação: novas práticas de gestão; mudanças tecnológicas; avanços em termos de design e qualidade das máquinas e dos insumos intermediários etc. Não há limites para a inovação, portanto, não há limites para o aumento da produtividade.

Quando a empresa aumenta sua produtividade, ela reduz custos, obtém maiores lucros e pode pagar maiores salários. A melhoria do padrão de vida da população do país depende do aumento da produtividade. Alcançamos o padrão de vida atual devido à nossa capacidade de aumentar a produtividade dos fatores de produção.

Indicadores de produtividade


As medidas de produtividade podem ser classificadas em medidas baseadas em um único fator de produção, como o trabalho, e medidas multifatores, baseadas em mais de um fator de produção.
As medidas unifatores consideram um único insumo ou fator de produção associado à um determinado nível de produção. São facilmente calculadas, o que aumenta seu uso.

A produtividade do trabalho é um exemplo de medida unifator. Ela está baseada em um único insumo, o trabalho. A produtividade do trabalho é calculada pela razão entre uma medida de produto (que pode ser a produção física) e uma medida do fator trabalho (que pode ser o número de trabalhadores ou as horas trabalhadas).

Outro exemplo de medida unifator é a produtividade do capital. Um exemplo é a produtividade do fator energia, ou seja, a relação entre o produto e o consumo de energia elétrica. O consumo de energia elétrica pode ser uma medida aproximada para o uso do fator capital nos casos de atividades que usam a energia elétrica como principal força motriz de seus processos de produção.

Há medidas mais robustas, que levam em consideração mais de um insumo ou fator de produção, que são as medidas multifatores. Como exemplo, tem-se a produtividade total dos fatores (PTF), que mostra a performance do produto em relação a uma combinação de insumos (trabalho, capital, insumos intermediários).

A produtividade do trabalho, apesar de ser uma medida unifator, é uma das mais utilizadas na literatura econômica, devido à sua simplicidade de cômputo e, principalmente, devido à disponibilidade de dados.
 

1 – Produtividade do trabalho – razão entre a produção física e o número de horas trabalhadas ou horas pagas.

É possível utilizar a razão entre a produção e o número de trabalhadores. No entanto, a medida com base nas horas trabalhadas na produção é mais adequada, pois o número de empregados não é afetado por variações na produção acomodadas por variações nas horas trabalhadas. Por exemplo, uma redução na produção acomodada por paralizações na produção ou por concessão de férias coletivas não afeta o número de trabalhadores da empresa, mas reduz as horas trabalhadas. Nesse caso, o indicador baseado no número de empregados registraria uma falsa queda na produtividade.
Ademais, em comparações entre países e anos, a medida com base nas horas trabalhadas elimina diferenças da força de trabalho em relação ao regime de tempo da jornada de trabalho (regime parcial ou integral, férias, paralisações etc.).

2 – Produtividade do capital – razão entre a produção física e uma medida de insumo de capital.

O consumo de energia elétrica é amplamente utilizado como aproximação para o uso do fator capital, por exemplo.

3 – Produtividade total dos fatores – representa a eficiência do uso combinado de trabalho e capital no processo produtivo.

Pode ser mensurada como o resíduo do crescimento do produto que não pode ser explicado por mudança na quantidade de insumos utilizadas.
É frequentemente compreendida como mudança técnica. Mas pode refletir mudanças nas práticas de gestão, marketing, mudanças organizacionais, maior conhecimento, transbordamentos entre os fatores produtivos, economias de escala, competição imperfeita, ajustes nos custos, entre outros.
Dados de produtividade na indústria brasileira: https://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/produtividade-na-industria/
 

Produtividade do trabalho na indústria hoje


Dados apurados pela última edição do Produtividade na Indústria pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram que a produtividade do trabalho na indústria de transformação brasileira caiu pelo sexto trimestre consecutivo.

O indicador que mede a relação entre o volume produzido dividido pelas horas trabalhadas na produção caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao quarto trimestre de 2021. Segundo o levantamento, a perda acumulada de produtividade chega a 10% na comparação com o terceiro trimestre de 2020.

A queda na produtividade se deve a efeitos conjunturais, também vistos no indicador de produtividade global do trabalho. As economias, ainda em recuperação dos efeitos da covid-19, sofrem os impactos da Guerra da Ucrânia, que intensificou restrições de insumos para produção, afetando diversas cadeias produtivas.
 

Perspectivas sobre a produtividade do trabalho na manufatura


A perspectiva é que a produtividade do trabalho na manufatura continue caindo ou estagnada enquanto persistirem os efeitos da covid-19 e da guerra. Passados esses efeitos, a produtividade deve recuperar o nível anterior à pandemia, retornando à trajetória de baixo crescimento.

Para promover o desejado crescimento sustentado da produtividade, deve-se estimular a superação das ineficiências estruturais do Brasil, como o baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento.