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Educação STEAM

Jovem em torneio de robótica configurando um robô

O que é educação STEAM?

STEAM é uma abordagem educacional que integra cinco disciplinas fundamentais para a inovação: Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. O objetivo não é ensinar cada matéria isoladamente, mas sim uni-las em uma metodologia que promove a resolução de problemas de forma criativa e interdisciplinar, preparando os alunos para os desafios do mundo real.

A abordagem STEAM busca uma maior interação não só entre os conteúdos e as áreas do conhecimento, mas também entre os estudantes que aprendem de forma ativa e colaborativa. Além disso, a proposta STEAM desenvolve valores essenciais que formam cidadãos conscientes e profissionais qualificados para o mercado de trabalho.

Quais os princípios da educação STEAM

STEAM é uma abordagem pedagógica ampla, norteada por princípios como:

✓ Trabalho interdisciplinar envolvendo alunos e professores;
✓ Aprendizado baseado em problemas reais;
✓ Junção de teoria e prática;
✓ Desenvolvimento de hard e soft skills;
✓ Interação da escola com agentes externos como empresas e ONGs;
✓ Apoio regular a gestores e professores.

Papel do professor

Baseando-se na abordagem STEAM, o professor utiliza brincadeiras na educação infantil e projetos interdisciplinares nas turmas mais avançadas para estimular o foco dos alunos na solução de problemas, valorizando sempre o trabalho colaborativo. Em todo esse processo, os estudantes estão no centro, são protagonistas de seu aprendizado.


Na aprendizagem ativa, o professor tem papel fundamental e se torna o mediador entre os alunos e o aprendizado, sempre orientando para que desenvolvam a colaboração e trabalhem de maneira integrada. O professor é o guia do aluno no processo de aprendizagem. Ele oferece mentoria e apoio às equipes e também aprende com essa nova forma de trabalho integrado.

As competências para o Futuro do Trabalho

Em um mundo em constante transformação, a abordagem STEAM é a resposta educacional para desenvolver as competências essenciais do século XXI. O objetivo é ir além do ensino tradicional para formar criadores de tecnologia, e não apenas consumidores passivos.

As habilidades desenvolvidas pelo STEAM são exatamente as que a indústria 4.0 mais valoriza:

  • Pensamento Crítico e Resolução de Problemas Complexos

  • Criatividade, Imaginação e Inovação

  • Colaboração, Comunicação e Inteligência Emocional

Entrevista com Troels Dyhrman, gerente de parcerias da LEGO Education, mostra a importância de ensinar jovens e crianças como funciona a tecnologia, dando a eles ferramentas e senso crítico para que não sejam apenas usuários passivos: https://noticias.portaldaindustria.com.br/entrevistas/troels-dyhrman/precisamos-do-steam-para-formar-criadores-e-criticos-da-tecnologia-em-vez-de-usuarios-passivos/

O respeitado professor da New York University (NYU) e autor de 13 livros, Steven Johnson Autor, defende que “uma cultura que enfatiza os valores STEAM na educação é fundamental para o progresso”: https://noticias.portaldaindustria.com.br/entrevistas/steven-johnson/uma-cultura-que-enfatiza-os-valores-steam-na-educacao-e-muito-importante-para-o-progresso/

Prática

Nos projetos baseados no movimento STEAM, os alunos começam a desenvolver essas habilidades de forma interativa, integrada e autônoma. Constroem, fazem protótipos, criam, solucionam problemas e interpretam suas próprias criações, propondo mudanças e melhorias.

É dever da escola desenvolver, estimular e treinar essas habilidades em seus alunos. Isso faz parte da Educação 4.0.

https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/educacao/brasil-leva-premios-em-regionais-de-frc-em-sao-francisco-e-nova-iorque/
https://noticias.portaldaindustria.com.br/listas/cinco-provas-de-que-a-robotica-e-feita-por-jovens-criativos-e-inovadores/
https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/robotica/brasil-conquista-premio-de-engenharia-de-excelencia-em-torneio-mundial-de-robotica/

Histórico

O método de ensino STEAM surgiu nos Estados Unidos, no início dos anos 2000, quando relatórios indicavam queda no interesse de jovens em seguir carreiras nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O desinteresse era resultado do modelo de ensino tradicional e ultrapassado.
O país seguia para uma crise econômica e no mercado de trabalho, e o desempenho das crianças e jovens estava cada vez mais baixo. Nesse cenário, a metodologia interdisciplinar e que estimula o aluno a pensar "fora da caixa" e solucionar problemas ganhou protagonismo e acabou sendo a base da reforma educacional americana.

STEAM no Brasil

No Brasil, as escolas do Serviço Social da Indústria (SESI), presentes nos 26 estados e no Distrito Federal, possuem foco na educação em STEAM. As escolas do SESI adotam currículos inovadores trabalhando para que os estudantes desenvolvam suas habilidades cognitivas e de relacionamento e saiam mais preparados para enfrentar desafios do mercado de trabalho. Ao adequar seu currículo para priorizar essas competências, o SESI forma jovens mais preparados tanto para ingressar em cursos superiores nas áreas de tecnologia e engenharia quanto para se tornarem os profissionais que a indústria brasileira precisa para continuar evoluindo.

A demanda da indústria por profissionais de STEAM

A necessidade de profissionais com formação baseada em STEAM é urgente. O Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo da CNI, projeta que a indústria brasileira precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025 para lidar com as novas tecnologias. As competências desenvolvidas pelo STEAM são a base para preencher essas vagas em áreas estratégicas como automação, análise de dados e desenvolvimento de novos materiais.

Torneio de Robótica SESI

Desde 2013, o Serviço Social da Indústria (SESI) é o operador oficial no Brasil da FIRST® LEGO® League, uma das mais importantes competições de robótica educacional do mundo.

A cada temporada, estudantes de 9 a 16 anos, de escolas públicas e particulares, são desafiados a mergulhar em um tema do mundo real e desenvolver soluções criativas para problemas complexos. A competição é baseada em três pilares:

  • Projeto de Inovação: As equipes pesquisam e apresentam uma solução inovadora para o problema proposto.

  • Desafio do Robô: Os estudantes projetam, constroem e programam um robô autônomo com peças LEGO para cumprir missões em uma arena.

  • Core Values: Um conjunto de valores, como trabalho em equipe e respeito mútuo, que guia a conduta de todos os participantes.

Todas as informações sobre a temporada atual, o regulamento e como participar estão centralizadas na página da competição.

Confira a série especial com depoimentos de estudantes que estudam robótica e participaram dos torneios da CNI. 
 

O que é um robô?

Os Robôs são mecanismos automáticos que realizam trabalhos e movimentos humanos. São controlados por humanos e providos de sistemas eletrônicos.

A palavra robô apareceu pela primeira vez em um teatro, na peça “Robôs Teatrais de Rossum”, do tcheco Karel Capek. Isso foi há 100 anos, mas já na naquela época, o robô era símbolo de desenvolvimento tecnológico e grandeza.

Atualmente, a maioria dos robôs existentes está na indústria. Quase 254 mil deles foram comprados pela indústria de todo o mundo apenas em 2015, segundo a Federação Internacional de Robótica (IFR, em inglês).
 

Para que serve a robótica?

A robótica tem grande aplicação em diversas áreas desde a produção industrial, até atividades domésticas. Desde a Primeira Revolução Industrial, robôs e outros equipamentos são utilizados para aumentar a produtividade das empresas.

Mas ao contrário do que pensam, a robótica não existe apenas para uso de grandes empresas.
Tarefas cotidianas como limpar a casa, por exemplo, se tornaram menos exaustivas com a ajuda de novas tecnologias e dispositivos que realizam atividades automatizadas. 
 


 

Onde estudar robótica?

A rede de escolas do Serviço Social da Indústria (SESI), oferecem em sua metodologia o estudo da robótica como parte da sua grade curricular está presente em cerca de 400 escolas. 

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) já oferta cursos de robótica e programação, de olho nas chamadas profissões do futuro, que tiveram sua demanda por profissionais qualificados, acelerada por conta da pandemia, e do aumento no trabalho remoto.  

Entre os cursos lançados pelo SENAI, destaca-se o de Robótica Colaborativa. 
 

Conheça alguns cursos de robótica à distância 

Robótica colaborativa aplicada ;

Robótica e Simulação

 

Acesse o Futuro.Digital para mais informações. 

 

O que se estuda em robótica?

A robótica na escola tem um poder transformador. Crianças e jovens que antes não tinham muito interesse nos estudos de disciplinas como Matemática, Ciências, Física ou mesmo Português, passam a se dedicar com afinco para conseguir programar e desenhar robôs.

Em pouco tempo, é nítida a melhora no desempenho em todas as matérias e um interesse maior pelas áreas ligadas à tecnologia. 
 

VEJA TAMBÉM: 7 motivos para seu filho estudar robótica na escola 

 

Alunos de robótica educacional SESI

 

Colocar a mão na massa, também conhecida como cultura maker ou experiência do fazer, é o caminho para a educação do futuro.

Essa cultura se baseia no princípio de que a transmissão de informações é mais efetiva quando as pessoas podem manusear os objetos estudados.

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Sucatas e materiais de baixo custo como garrafas pet, estimulam tanto a criação de produtos em empresas, equipamentos em diversos setores da economia e indústria quanto no aprendizado em sala de aula.

Quais são os benefícios da robótica?
 

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Profissional do futuro: A robótica educacional estimula competências fundamentais para o profissional 4.0 como espírito investigativo, trabalho em equipe, planejamento, cooperação, diálogo, pesquisa e tomada de decisões. Com foco na abordagem de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, a robótica está fomentando novas gerações de engenheiros e pesquisadores que a indústria tanto precisa.

Criatividade e inovação: A robótica vai muito além da programação de robôs. É, principalmente, um processo de aprendizagem. O objetivo é incentivar jovens a pensar de forma criativa, eficiente, lúdica e prática de modo a resolver os problemas gerados pelo que foi estudado em sala de aula. 

Competências socioemocionais: O mercado de trabalho exige muito mais que habilidades técnicas. As competências socioemocionais fazem profissionais se destacarem, e os estudantes que aprendem ainda na escola a adquirirem essas competências se tornam profissionais mais preparados para os desafios da construção de uma carreira.

Desempenho em sala de aula: Pesquisa feita pela FIRST (For Inspiration & Recognition of Science & Technology), organização não-governamental responsável pelo campeonato mundial de robótica, mostra que 88% dos participantes das competições de robótica disseram ter aumentado o interesse em ir para a escola e 80% responderam que passaram a ter interesse em trabalhar em áreas relacionadas a ciência e tecnologia após participar das disputas de robótica.

Empreendedorismo: Para ser um bom empreendedor, é necessário ter planejamento, atuar com metas, otimizar o orçamento, saber trabalhar em equipe e, claro, “vender” muito bem suas ideias. Essas habilidades fazem parte da rotina dos estudantes de robótica educacional. 

Oportunidades no exterior: Quem faz robótica está credenciado a participar dos torneios promovidos no Brasil. Estudantes de escolas públicas e privadas ou até equipes de garagem (sem vínculo escolar) podem disputar. A boa colocação na etapa nacional pode garantir uma vaga para competições internacionais. 

Diversão garantida: Uma das premissas da robótica é que o aprendizado vem junto com a diversão, assim as crianças e adolescentes aprendem brincando, o que aumenta o engajamento e traz uma grande aceitação dos estudantes. 
 

A robótica na Educação Profissional  

Na indústria 4.0, os robôs já fazem parte do processo de forma integrada e trabalham em conjunto com humanos. A educação profissional em robótica trabalha de forma ensinar ao aluno como tudo isso funciona e qual a melhor forma de integrar esses robôs ao sistema de produção, tornando-o mais ágil e produtivo.  

Existem uma grande demanda de profissionais qualificados para atuar na indústria. Projeção feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostra que as áreas de tecnologia e logística, por exemplo, estão em alta e devem gerar mais empregos, assim como para novas ocupações, como o analista de alta conectividade e o orientador de trabalho remoto.  

A expectativa é que surjam, em até cinco anos, novos profissionais para responder, por exemplo, à maior necessidade por internet ultrarrápida em um novo mundo online.  

Profissões já existentes também ganham mais fôlego e devem ter demanda aumentada, como os técnicos em mecatrônica e em telecomunicações. 

Outra forte demanda é na educação a distância, pois muitos brasileiros descobriram, devido ao isolamento social, as vantagens e limitações de estudar pela internet. 

Como a abordagem e os métodos pedagógicos precisam diferir das aulas presenciais, a avaliação é que há espaço para o surgimento da ocupação de desenvolvedor de aulas para educação a distância e online. 

Além do conhecimento específico, esse profissional deve saber lidar com tecnologias já usadas no ensino, como realidade virtual e aumentada, inteligência artificial e impressão 3D, entre outras. 

Isso deve demandar, prevê o SENAI, profissionais altamente especializados no desenvolvimento de sistemas, programação multimídia, de jogos e ambientes digitais. 

Há previsão também de que as empresas, especialmente industriais, apostem mais em tecnologias da Indústria 4.0, como automação e digitalização, caso persista a necessidade do distanciamento social, e em internet das coisas (IoT), big data e inteligência artificial devido aos novos hábitos de consumo digital dos brasileiros.  

O aumento da difusão da impressão 3D também poderá influenciar na nova organização das cadeias de suprimentos, pois permite a fabricação local de peças simples, sem a necessidade de um longo processo de compra e espera na importação. Durante o período mais agudo da pandemia, a manufatura aditiva ajudou a suprir a falta de peças e insumos destinados à área de saúde.

Diante disso, a projeção é que o especialista em impressão 3D, novo profissional já previsto anteriormente pelo SENAI, deve ganhar mais espaço. 

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