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Mercado de trabalho padrão e não-padrão

Observações sobre tendências no modo de organização das empresas, relações e modalidades de trabalho.

INSIGHTS

As formas de trabalho não tradicionais registraram um crescimento de 3,1%, na comparação entre os quartos trimestres de 2018 e 2019. Ou seja, mais pessoas puderam trabalhar fora do ambiente convencional da empresa, em períodos fora do horário comercial, com carga horária diferente das 40 horas semanais, entre outras flexibilizações. Por outro lado, o trabalho padrão teve um crescimento de apenas 0,6% no mesmo período.

O fortalecimento deste cenário é causado pelas mudanças trazidas pelo avanço tecnológico no sistema produtivo, a oferta de trabalho por plataforma online e aplicativos, a reorganização do ambiente de trabalho, e a constante necessidade de qualificação da mão de obra para lidar com as novas tecnologias.

Tabela – Conceitos de trabalho padrão e não padrão, a partir da PNAD Contínua

Conceitos de trabalho padrão e não padrão, a partir da PNAD ContínuaFonte: elaboração própria.

Este estudo utilizou microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADc-Trim), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para os anos de 2018 a 2020. Os dados abrangem apenas os trabalhadores do setor privado em ocupações relevantes para o setor industrial

Enquanto os trabalhadores não padrão informais recebem, em média, R$ 1.239/mês, os não padrão formais recebem R$ 2.550/mês, salário próximo ao dos trabalhadores padrão (R$ 2.744/mês).

Tabela – Conceitos de trabalho padrão e não padrão, a partir da PNAD Contínua

Participação no emprego

Trabalho não padrão

Trabalho padrão

Dados.png

Tabela – Conceitos de trabalho padrão e não padrão, a partir da PNAD Contínua

Participação no emprego

Trabalho não padrão

Trabalho padrão

Dados (1).pngFonte: PNADc/IBGE e elaboração própria

Oportunidades

1

Trabalhadores não padrão em atividades formais, em geral, possuem rendimento médio comparáveis e proteção social comparáveis aos trabalhadores padrões.

2

Trabalhadores não padrão lidam com maior flexibilidade e precisam estar sempre up-to-date em sua área, o que demanda um processo constante de aprendizado e requalificação para adaptação à novas ferramentas, tecnologias e mudanças do sistema produtivo.

3

Nesse sentido, instituições de educação profissional, como o SENAI, podem contribuir para o desenvolvimento de competências desses profissionais que atuam em atividades relacionadas à atividade industrial, e, portanto, com impacto relevante nesse setor.

Desafios

1

O trabalho não padrão não substitui o padrão. Em especial, quando se trata de trabalhadores informais, para os quais essa fonte de renda é tida como a única alternativa disponível, dada a baixa capacidade de a economia gerar empregos formais.

2

O maior desafio do trabalho não padrão atrelado à informalidade é o alto grau de informalidade e ausência de sistema social que proteja esses trabalhadores. Esse grupo deve ser alvo de políticas que visam aumentar o grau de formalidade e proteção social desses trabalhadores.

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