Em uma lista de 148 países elaborada pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil perde para 55 em relação às condições competitivas. Fica atrás de vizinhos como o Chile (34º lugar) e de outros mercados emergentes, como a China (29º). A posição 56ª na edição 2013-2014 do Relatório Global de Competitividade é pior que a de 2012 (48ª) e se iguala à de 2009. Mas afinal, o que prejudica e o que ajuda o Brasil? A discussão movimenta a abertura do 8º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), evento que acontece agora em Brasília (DF).
Com o tema Desafios da competitividade brasileira no mercado mundial, a sessão temática reúne o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o diretor-presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Barretto, o professor da Fundação Dom Cabral Carlos Arruda, pelo presidente da Tupy S/A, Luiz Tarquínio, o superintendente da Esmaltec, Annette Reeves de Castro, e o superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Paulo Roberto Pupo. Eles discutirão as políticas de estímulo à competitividade no Brasil e no mundo, os desafios e estratégias para a atuação global das empresas brasileiras, entre outros temas.
FATORES-CHAVE - O Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, da CNI, aponta os dez fatores chave da competitividade e as metas que o país precisa alcançar na próxima década para crescer mais e melhor. A visão da entidade é de que o país precisa fortalecer a indústria, que vem diminuindo sua participação da economia brasileira nos últimos anos. A participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu de 25% na década de 1980 para menos de 14% nos períodos mais recentes.
"Não existe país plenamente desenvolvido sem indústria forte. Precisamos de um planejamento de longo prazo para realizar as mudanças necessárias, como a melhoria da infraestrutura e a adoção de uma reforma tributária que diminua o peso dos impostos sobre o setor produtivo", afirma o presidente da CNI Robson Braga de Andrade.
Os dez fatores-chave para elevar a competitividade brasileira foram selecionados pela CNI considerando as oportunidades e ameaças decorrentes das mudanças em curso no Brasil e no mundo, como o crescimento dos países emergentes, a difusão de novas tecnologias e o fortalecimento do mercado interno. Na avaliação da CNI, a educação é a base da produtividade e da competitividade. Os demais fatores-chave ambiente macroeconômico, eficiência do estado, segurança jurídica, burocracia e desenvolvimento de mercados, tributação, financiamento, relações de trabalho, infraestrutura, inovação e produtividade.
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