ENAI 2013: Gestão eficiente e planejamento ajudarão a superar déficit na infraestrutura

A baixa qualidade da infraestrutura provoca atrasos no transporte de mercadorias. O resultado é o aumento do custo do produto nacional e a baixa competitividade do país no mercado internacional

ENAI 2013 Para garantir o crescimento sustentado, o Brasil precisa reverter o elevado déficit no setor de infraestrutura e aprimorar o seu sistema logístico. A baixa qualidade da infraestrutura provoca atrasos no transporte de mercadorias.  O resultado é o aumento do custo do produto nacional e a baixa competitividade do país no mercado internacional.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) debaterá com especialistas e empresários o cenário e desafios da infraestrutura brasileira no 8º Encontro Nacional da Indústria (ENAI).  A sessão temática Infraestrutura e logística: o custo do atraso ocorre nesta quinta-feira (12), a partir das 13h. Participarão do debate o ministro dos Transportes, César Borges; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Haroldo Cedraz; o coordenador-geral de Pesquisa Econômica Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), Armando Castelar Pinheiro; o presidente da PSR Consultoria; Mário Veiga; e o presidente do Conselho de Infraestrutura da CNI, José de Freitas Macarenhas.

Lançado em maio de 2013, o Mapa Estratégico da Indústria (2013-2022) propõe a consolidação de uma malha intermodal de transportes, fator fundamental para a recuperação da competitividade da indústria. A CNI considera prioritário investir na melhoria da eficiência principalmente dos modais  portuário,  rodoviário e ferroviário. Para isso, é preciso planejar e executar os investimentos com base em eixos logísticos, os grandes corredores vitais para o escoamento da produção do país.

Para se ter ideia do déficit na infraestrutura do Brasil, o ranking Global Competitiveness Report 2012-2013, coloca o país na 70ª posição numa listagem de 144 países em qualidade de infraestrutura. Na qualidade de ferrovias, o país está na 100ª posição, enquanto ocupa a 123ª em rodovias, 134ª em aeroportos e 135ª em portos.

INICIATIVA PRIVADA – O governo reconheceu a importância da participação do setor privado no esforço para recuperar o déficit da infraestrutura. Os programas de investimento e concessões anunciados em 2012 e que começaram a ser colocados em prática este ano preveem investimentos em projetos estratégicos, sendo R$ 42 bilhões rodovias, R$ 91 bilhões para ferrovias e R$ 54, 2 bilhões para portos – concessões, arrendamentos e novos terminais privativos.

Também houve avanços com a aprovação de novas regras que modernizaram marcos regulatórios. Entre eles, a Nova Leis dos Portos, que deve desencadear um ciclo de investimentos na estrutura portuário do país, ao oferecer normas claras para o investidor. E a aprovação da lei que reduziu os encargos do setor elétrico, mitigando um dos principais componentes de custo do setor produtivo no país: a conta de luz.

Parar tirar os investimentos necessários do papel, o governo precisa investir em gestão para evitar o grande número de atrasos nas obras. Levantamento feito pela CNI mostra que chega a 69 meses o atraso em projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com gestão e execução eficiente do projetos e obras, o Brasil conseguirá elevar o investimento em infraestrutura de transportes, que caiu de 1,82% do PIB, em 1975, para 0,24% do PIB, em 2012.

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