O que é o Mapa Estratégico da Indústria
O Mapa Estratégico da Indústria 2018 – 2022 apresenta os principais desafios a serem superados pelo Brasil nos próximos cinco anos para a construção de uma indústria competitiva, inovadora, global e sustentável.
O documento é uma agenda para que o país desenvolva novas competências e realize mudanças estruturais, considerando as mudanças no ambiente econômico mundial e nacional ocorridas nos últimos cinco anos.
O Brasil vem perdendo posições no ranking global de competitividade do World Economic Forum e, em 2017, chegou à pior posição dos últimos dez anos. A perda da competitividade nacional compromete o crescimento econômico e a geração de renda e emprego.
POSIÇÃO DO BRASIL NO RANKING GLOBAL DE COMPETITIVIDADE
Fonte: The Global Competitiveness Report 2017-2018 (WEF)
A indústria brasileira deve concentrar seus esforços para ser competitiva, conquistar mercados, gerar empregos e renda e impulsionar o crescimento econômico do Brasil
Um importante fator determinante da competitividade é a produtividade. Entre 2006 e 2016, o Brasil apresentou a pior evolução nesse indicador entre seus 10 principais parceiros comerciais.
Nesse período, segundo a CNI, a produtividade do trabalho na indústria brasileira cresceu 5,5%, enquanto no Estados Unidos, o crescimento foi de 16,2%, e na Argentina, 11,2%. Dessa forma, o Brasil perde competitividade tanto no mercado internacional quando no doméstico, ao concorrer com a importação de produtos desses países.
Duas agendas em uma
Para alcançar um novo patamar de competitividade, a indústria e o país precisam trabalhar em duas frentes, considerando as tendências mundiais e nacionais.
A primeira delas é a superação de desafios antigos, que ainda representam barreiras ao desenvolvimento, como qualidade da educação e da infraestrutura, e o complexo sistema tributário.
A segunda frente é aproveitar as oportunidades que se apresentam com o desenvolvimento da indústria do futuro, por meio de maior dinamismo e capacidade de inovação da indústria brasileira.
Tendências mundiais
Indústria 4.0
A disseminação das tecnologias digitais e a sua aplicação à indústria de forma ampla têm impacto sobre toda a cadeia de valor dos produtos, os modelos de negócios e os padrões de integração comercial.
Conhecimento e inovação como motores da economia
Atualmente a maior fonte geradora de riqueza para a economia como um todo também é a base sobre a qual se assentam os ganhos de competitividade das empresas e países.
Mudanças climáticas e economia de baixo carbono
O mundo se esforça para o desenvolvimento de fontes de energia renovável e maior participação na economia de baixo carbono. Os consumidores também estão mais preocupados com os impactos ambientais.
Rearranjos na geografia da produção mundial
Incertezas sobre o futuro dos acordos comerciais e pressões protecionistas ameaçam a recuperação do comércio
internacional. Apesar disso, há forças que pressionam por mercados globais e geram oportunidades.
Crescimento dos países emergentes, especialmente na Ásia
O crescimento da economia e das exportações dos países asiáticos aponta para o espaço do Pacífico como o grande eixo dinâmico da economia mundial.
Tendências nacionais
Novo ciclo de reformas econômicas e institucionais
As crises política e econômica revelaram o inchaço do Estado brasileiro, o esgotamento de sua capacidade de expansão e a necessidade de se rever a relação entre o setor privado e o Estado, com impactos no desenho das políticas industriais.
Transição demográfica acelerada
Em 2025, o Brasil terá menos pessoas em idade economicamente ativa do que pessoas dependentes. O aumento da produtividade vai se tornar ainda mais importante para o crescimento.
Pressão para ir além do mercado doméstico
O tamanho do mercado consumidor brasileiro segue sendo um dos grandes ativos do Brasil e fator de atração de investimentos. Mas o país não pode ignorar o mercado externo e precisa aumentar sua inserção no mundo.
Reconfiguração espacial da atividade econômica
O Brasil vem apresentando uma leve desconcentração regional em favor do desenvolvimento das cidades de médio porte, que atraem empresas em busca de reduzir custos.
Maior demanda por políticas e serviços públicos de qualidade
O aumento da escolaridade da população, o maior acesso à informação e instituições mais profissionalizadas tendem a pressionar o Estado na adoção de uma gestão com maior transparência.
Fatores-chave para a competitividade
O Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022 é formado por 11 fatores-chave para a competitividade da indústria. Para cada um deles, foram definidos um objetivo principal e uma macrometa, proposta para alcançar o resultado principal.
Os fatores-chave foram divididos em temas prioritários e seus respectivos objetivos, que possuem, cada um, um indicado com meta para 2022. Os indicadores serão monitorados nos para verificar se o Brasil está no caminho para atingir as metas.
O Mapa também apresenta iniciativas que vão direcionar as atividades e projetos executados pelas entidades do Sistema Indústria nos próximos cinco anos.
Clique sobre o nome de cada um dos fatores-chave para saber mais sobre eles
Clique e faça o download do Mapa Estratégico da Indústria 2018 - 2022