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12 de Dezembro de 2017 às 18:17
Última reunião do Diálogos da MEI deste ano traz resultados de pesquisa do Indústria 2027
Evento aconteceu na manhã desta terça (12), em Brasília, e também contou com palestra de especialista da Universidade de Cambridge sobre políticas públicas internacionais para tecnologias disruptivas
A 19ª edição do encontro Diálogos da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que aconteceu nesta terça-feira (12), em Brasília, contou com a divulgação dos resultados de pesquisa de campo realizada pelo Indústria 2027. A apresentação dos dados foi feita pelos coordenadores executivos do projeto, João Carlos Ferraz e David Kupfer, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, o diretor do Policy Links (Institute for Manufacturing), da Universidade de Cambridge, Carlos López-Gómez, falou sobre políticas públicas internacionais para tecnologias disruptivas.
Na apresentação do projeto, o coordenador executivo do Indústria 2027, João Carlos Ferraz, destacou que um dos objetivos do estudo é avaliar os espaços e os potenciais da indústria brasileira. Ferraz também falou sobre o panorama internacional de inovações e o mapeamento realizado pelo Indústria 2027 sobre os impactos dos clusters tecnológicos na indústria brasileira. “Um dos principais desafios do projeto é o fato de termos uma indústria divers e muito heterogênea”, frisou.
Ao destacar as iniciativas inovadoras de empresas ao redor do mundo, Carlos López Gómez, da Universidade de Cambridge, enfatizou a importância da difusão do conhecimento e de incentivos governamentais para o desenvolvimento tecnológico. Para López-Gómez, a convergência tecnológica viabiliza a integração de sistemas na indústria e nas empresas. “Nem sempre, entretanto, as empresas sabem da importância do emprego da tecnologia em seus processos”, explicou.
Um dos objetivos da pesquisa do Indústria 2027, apresentada na MEI, foi avaliar em que geração as empresas entrevistadas estão na adoção de tecnologias disruptivas, além dos esforços para que estas acelerem este processo. A pesquisa foi feita entre os meses de junho e novembro deste ano com 759 médias e grandes empresas industriais.
Revelados pelo coordenador executivo adjunto do projeto, David Kupfer, os resultados mostram que menos de 25% das empresas industriais brasileiras ouvidas utilizam as tecnologias das gerações digitais mais recentes. Por outro lado, segundo a pesquisa, 21,8% das empresas esperam estar no estágio mais avançado da digitalização nos próximos 10 anos.
A pesquisa também aponta que 64% das empresas que participaram da pesquisa atribuem probabilidade alta ou muito alta das tecnologias digitais serem dominantes no setor de atuação até 2027. O estudo também conclui que as empresas se preocupam mais em adotar tecnologias 4.0 na categoria relacionamento com fornecedores: 68,3% já fazem estudos, têm projetos aprovados ou ações em execução nesta área. Para Kupfer, os resultados mostram um alerta para as empresas. “É hora de começar a se alinhar a essas mudanças para que não se perca competitividade”.
Confira aqui a íntegra dos resultados e veja os detalhes no infográfico da pesquisa.
Por Sarita González
Fotografia: Miguel Ângelo