Institutos SENAI de Inovação vão inserir o Brasil na Indústria 4.0

Representantes do SENAI Nacional, da FIESC e do Instituto Fraunhofer IPK se reuniram nesta quarta-feira (27), em Florianópolis

Representantes do SENAI Nacional, da FIESC e do Instituto Fraunhofer IPK se reuniram nesta quarta-feira (27), em Florianópolis

Os 15 Institutos SENAI de Inovação já implantados em diversos estados brasileiros atuarão em rede, articulados em alianças de mercado de maneira a oferecer soluções tecnológicas sistêmicas e abrangentes para a indústria nacional. Essa articulação para o desenvolvimento de negócios que congreguem diversos institutos e indústrias será um dos focos, nos próximos 12 meses, da cooperação com o Instituto Fraunhofer de Sistemas de Produção e Tecnologia de Design (IPK, na sigla em alemão), sediado em Berlim. Outra ação a ser desenvolvida será a identificação de potenciais projetos em parceria com indústrias nos quais possam ser aplicados conceitos da Indústria 4.0.

O Plano de trabalho da parceria para o período de um ano foi definido nesta quarta-feira (27), na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina ( FIESC ), em Florianópolis, pelo comitê gestor do projeto de implementação de Institutos SENAI de Inovação, composto por representantes do SENAI Nacional e do Fraunhofer IPK. Outro item previsto no plano é a continuidade da instalação de novos institutos, já que outros dez estão previstos para até 2019. O projeto global contempla a criação de 25 institutos.

O grande objetivo do projeto é estabelecer a cooperação entre as indústrias do Brasil e da Alemanha no âmbito da Indústria 4.0”, afirmou Eckart Uhlmann, diretor do Fraunhofer IPK, entidade que é referência internacional em manufatura avançada. Uhlmann destacou que o conceito não exige obrigatoriamente investimentos elevados. Para exemplificar, ele citou tecnologia de automação desenvolvida no instituto que dirige - um robô que aprende as operações copiando os movimentos do trabalhador. Com recursos tecnológicos como este, observa, mesmo as indústrias de pequeno porte podem avançar em projetos alinhados à quarta revolução industrial.

Para o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, é preciso melhorar a produtividade dos trabalhadores, qualificando-os para usar adequadamente os novos equipamentos. “Estamos investindo muito em educação porque uma das questões essenciais para a implantação da indústria 4.0 é a capacitação profissional. Segundo ele, o Fraunhofer IPK é “um aliado importante para que possamos oferecer à indústria catarinense o que há de mais moderno e atual em termos de processos, produtos e equipamentos de tecnologia”.

PARCERIA EM INOVAÇÃO - O diretor de operações do SENAI Nacional, Gustavo Leal, ressaltou que a instituição vem se preparando para se tornar o principal parceiro da indústria em inovação. “A competitividade da indústria está muito ligada à capacidade de apropriação do conhecimento e de transformá-lo em novos produtos e novos processos”.

Na manhã desta quinta-feira, em Joinville, Eckart Uhlmann, acompanhado pelo diretor regional do SENAI/SC, Jefferson de Oliveira Gomes, visitou os Institutos SENAI de Laser e de Sistemas de Manufatura e se reuniu com indústrias potenciais parceiras em projetos relacionados à Indústria 4.0.

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