Victor Gabriel descobriu no SENAI a paixão pela robótica e eletrônica

Depois de uma conversa com um vizinho Victor decidiu apostar na profissão

Victor é de Belo Horizonte

Victor Gabriel Veríssimo Brandão, de Belo Horizonte, sempre teve interesse em eletrônica. Mas por outro lado não sabia nada da área. “Basicamente eu sabia que quem trabalhava na área fazia algumas placas”, lembra. Mas depois de uma conversa com um vizinho, Victor decidiu apostar na profissão. “Ele tinha feito mecatrônica e me falou dos dois lados da moeda: da mecânica e da eletrônica. Foi aí que me interessei pela eletrônica”, diz Victor.

Com isso, em 2012, o jovem decidiu fazer o curso de Aprendizagem Industrial em Eletrônica no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Betim (MG). “Nessa época, o que passava pela minha cabeça era abrir uma empresa de manutenção de equipamentos eletrônicos, entrar na indústria e lidar com grandes máquinas. Meu pai falava que quando trabalhava na Fiat tinha uma moça que chegava de helicóptero só para fazer a manutenção das máquinas e aquilo ficou na minha cabeça”, conta. O pai de Victor era motorista na Fiat, em Betim.

Quando Victor começou a estudar, ele percebeu que o curso era bem mais amplo. “Eu me apaixonei pela parte de programação. E depois surgiu a robótica para me dar a oportunidade de colocar tudo em prática”, afirma. Nessa jornada, ele conta que o incentivo da família foi fundamental. “Se minha família não tivesse apoiado desde o início, hoje eu não estaria aqui”.

EXEMPLO DE FAMÍLIA - De dentro de casa veio outro exemplo de que estudar era preciso. A mãe dele possui curso superior, mas o pai estudou apenas até a oitava série. “Meu pai sempre falava que não tinha estudado e com isso tem dificuldades para conseguir emprego. Já minha mãe é concursada e tem um emprego melhor. Essa situação acabou me motivando também”, afirma.

O pai de Victor também reforçava que a área tinha um mercado atraente. “Ele me apoiava e dizia que era importante estudar para garantir um futuro melhor”, comenta. Com os estudos no SENAI, vieram também as oportunidades de se tornar um menor aprendiz. Foram duas experiências, uma na empresa Jabil do Brasil (indústria eletroeletrônica) e outra na Raízes.

Em 2013, Victor começava o curso de técnico em Eletrônica no SENAI de Contagem (MG). Segundo ele, o técnico em eletrônica basicamente tem um conhecimento maior em componentes eletrônicos. “Com isso, ele consegue fazer manutenção em placas, criação e desenvolvimento de projetos. Só que hoje em dia, as placas são feitas prioritariamente a partir da nanotecnologia”, ressalta.

Sobre a relação entre a eletrônica e a robótica móvel, que vai ser a modalidade da WorldSkills São Paulo 2015, Victor conta que na competição ele construirá um robô. “Tem a parte da programação, a mecânica e a eletrônica. Na mecânica, eu tenho um auxílio porque não é minha formação. Mas por outro lado, preciso desenvolver todas as placas eletrônicas do robô”, afirma.

Victor também acredita que, como a disputa será no Brasil, será mais fácil por não precisar lidar com um fuso horário e até mesmo pela alimentação, que não sofrerá tanta alteração. Em treinamento pesado, ele aposta em um bom resultado para o Brasil na modalidade. Sobre o futuro, Victor quer continuar estudando. “Antes eu tinha uma ideia do que fazer, mas agora quero seguir firme na profissão e fazer engenharia em eletrônica e de telecomunicações. É o que eu gosto de fazer. Se tivesse de escolher uma carreira hoje, com certeza seria a eletrônica e a robótica”, finaliza.

A WORLDSKILLS - O Brasil será representado por 56 jovens profissionais técnicos na 43ª edição da WorldSkills Competition, que será realizada em São Paulo de 11 a 16 de agosto. Essa é a maior delegação já reunida pelo país para a competição. Na WorldSkills, os 1.200 competidores, todos com menos de 22 anos de idade, de 62 países, disputam medalhas em 50 profissões da indústria e do setor de serviços.

Ao longo de quatro dias de provas, eles precisam alcançar índices de excelência ao executar tarefas semelhantes às que realizariam em situações reais do dia a dia das indústrias ou no setor de serviços. Todos são avaliados pelas habilidades técnicas e pessoais.

SAIBA MAIS - Saiba tudo sobre a WorldSkills São Paulo 2015. Acesse o site do mundial. Para conhecer os outros competidores brasileiros, acesse o site da Olimpíada do Conhecimento/WorldSkills, do SENAI.

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