Uma visão moderna das convenções e dos acordos coletivos entre empresários e colaboradores, com direcionamento ao crescimento sustentável e à competitividade. Essa foi uma das ênfases da palestra sobre negociação coletiva, nesta sexta-feira, 31, no auditório do 7º andar da Casa da Indústria. Na ocasião, o consultor Daniel Violante reafirmou que os sindicatos das indústrias precisam estar preparados para que essas negociações não impliquem em riscos para as empresas.

“Um empreendimento precisa de recursos financeiros, tecnológicos e humanos. Com recursos financeiros, é possível adquirir os tecnológicos, mas dos recursos humanos é preciso cuidar”, afirmou o consultor. Ele disse que é fundamental valorizar o associativismo nas negociações sindicais.

Daniel Violante fez uma exposição sobre a estrutura da representação de empresários e trabalhadores no País. Ele lembrou que a base das entidades representativas são as empresas, que se reúnem nos sindicatos e a partir daí são formadas as federações e, nacionalmente, as confederações. Para o consultor, essas entidades e os líderes sindicais precisam garantir o suporte adequado nas negociações coletivas.

Ele destacou também que, diante da estrutura legal das relações de trabalho no Brasil — que inclui a Constituição, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), medidas provisória, emendas constitucionais, leis complementares, decretos e portarias —, é necessário ter cuidado para evitar conflitos que impliquem em prejuízos.

Para Daniel Violante, os caminhos envolvem a profissionalização nas negociações coletivas, que devem ser valorizadas. Ele disse que, na visão superada, esse tipo de acordo era feito com improviso. Na visão moderna, é essencial adotar o planejamento, com metodologia, e estudar o cenário de cada setor.

A palestra desta sexta-feira sobre negociação integra o programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) do Sistema FIERN. O evento foi o penúltimo do ano na programação do PDA. O encerramento das palestras de 2014 será no dia 14 de novembro, com o tema “Gestão Estratégica dos Sindicatos”.