Encontro em Fortaleza apresenta casos de sucesso de programa da CNI em parceria com Sebrae

"O Procompi começou como empolgação e terminou sendo salvação”, diz a empreendedora Karine Zablonski

No 4º Encontro Nacional de Gestores do Procompi, os empresários mostraram como a consultoria beneficiou negócios e fortaleceu o associativismo nos setores atendidos

A pequena marcenaria comandada por Karine Zablonski precisava passar por mudanças para ganhar competitividade num mercado dominado por grandes empresas. Prova de que o processo produtivo pedia melhorias era o sufoco para cumprir os prazos de entrega. A paranaense encontrou no Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Empresas (Procompi) - parceria entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) - a ajuda necessária para reorganizar sua produção. "O Procompi começou como empolgação e terminou sendo salvação”, diz a empreendedora, baseada em Curitiba.

Por meio das consultorias oferecidas pelo programa ao setor moveleiro pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), executora do Procompi no estado, a Vila Madera, empresa de Karine, reestruturou e acelerou o processo de fabricação de móveis sob medida. Os principais ajustes ocorreram na esfera de gestão e na incorporação de tecnologias ao pequeno negócio. “Quando mexemos na organização e compramos as máquinas, mantivemos a alta qualidade e o nível de detalhe da produção artesanal, mas diminuímos o tempo de produção”, conta. O tempo médio para fabricar os móveis de uma cozinha, por exemplo, caiu de 30 para 12 dias. O aumento na produtividade diminuiu o tempo de entrega dos projetos.

"O objetivo é intensificar a integração e a sinergia dos nossos programas dentro da área de desenvolvimento industrial” - Carlos Abijaodi

ENCONTRO NACIONAL - A transformação da marcenaria foi apresentada hoje na abertura do 4º Encontro Nacional de Gestores do Procompi, em Fortaleza. Além de Karine, outros empresários mostraram como a consultoria beneficiou negócios e fortaleceu o associativismo nos setores atendidos. Um dos melhores exemplos vem do Ceará. O presidente do Sindicato das Indústrias de Sorvete do Ceará (Sindsorvetes), Flávio Oliveira, contou como as ações do Procompi, executadas no estado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), aproximou os empresários do setor. 

"A mentalidade do empresário mudou. Ele deixou de ver o outro como inimigo. O projeto aumentou o diálogo e o entrosamento entre as empresas. Pela união, a categoria conseguiu negociar a simplificação dos tributos e também abriu uma central de compras, em que todos compram juntos com preços menores”, detalha Flávio. Ele é um dos donos da Pardal, empresa com 85 funcionários que produzem 40 mil picolés e 10 mil litros de sorvete por dia, para abastecer os cerca de 3 mil pontos de venda no estado nordestino. 

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, os encontros possibilitam o compartilhamento de experiências e soluções entre os gestores estaduais do programa. “Assim, eles podem ver, na prática, que os problemas são semelhantes. O objetivo é intensificar essa integração e a sinergia dos nossos programas dentro da área de desenvolvimento industrial”, afirma. 

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