Jogos Nacionais do SESI em Belém têm sósia de fera do futebol nacional

Paulo Baier? "O pessoal que assiste aos jogos sempre fala que eu pareço com ele”, diz Osmil de Souza

Ele recebeu a bola de costas para o gol. Estava sozinho e todos pensaram que não havia opção a não ser recomeçar a jogada. Ledo engano. Um giro inesperado em cima do marcador adversário para ficar de frente para a meta, um pique e uma puxada de leve para o lado que deixou o goleiro no chão. Depois disso, a bola foi mansa ao encontro da rede. Aplausos, gritos de incentivo e risos dos companheiros ao escutar a comparação feita pela torcida. “Estão dizendo que ele é o Paulo Baier”, comentavam os demais jogadores da Volvo, de Curitiba, ao voltarem para a sua metade do campo. 

As semelhanças físicas com o veterano jogador do Criciúma – que por ter 39 anos e ainda estar na ativa é tachado de ‘interminável’ – e pelo fato da modalidade em disputa ser o futebol máster, garantem a brincadeira e são mais do que suficientes para que Osmil de Souza seja assim reconhecido onde quer que jogue. “Isso é em todo lugar. Somos meio calvos, o estilo de jogar lembra também. O pessoal que assiste aos jogos sempre fala que eu pareço com ele”, diz Osmil, bem-humorado após o término da partida em que marcou quatro dos seis gols da goleada da sua equipe sobre a Honda, do Amazonas. 

Mas ser comparado a um jogador profissional ultrapassa o lado lúdico e curioso do fato, e assume um significado especial para Osmil, algo como a realização de um sonho. Afinal, aos 36 anos, ele se recorda da época em que tentou seguir carreira no futebol, nas escolinhas e peneiras de clubes paranaenses, sem sucesso. “Jogo desde novo, mas no interior era difícil, ainda tentei entrar em alguns clubes, mas não era pra ser. Não tive muitas oportunidades na vida, então precisei começar a trabalhar cedo”, diz ele. 

Pintor, Osmil foi contratado pela Volvo por intermédio de um amigo de infância que já trabalhava na empresa e uniu o útil ao agradável, já que teria que demonstrar a habilidade tanto na profissão quanto no futebol. “O incentivo ao esporte na empresa é muito grande, então essa minha característica de saber jogar ajudou na minha contratação. Como o meu amigo já sabia que eu jogava bem, me indicou e eu procuro fazer minha parte. O profissionalismo é forte, tem que trabalhar e, paralelo a isso, posso me satisfazer no futebol amador”, conclui. 

OS JOGOS - Mais de 1.200 atletas de 200 empresas de todo o país participam da 10ª edição dos Jogos Nacionais do SESI, em Belém. As provas, em dez modalidades, começaram na quarta-feira (10) e seguem até domingo no SESI Almirante Barroso, SESI Ananindeua e no Estádio Olímpico do Pará. Acompanhe todas as notícias sobre os Jogos Nacionais do SESI na página da competição Acesse as fotos no Flickr

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