Em 2002 o Timor-Leste, antiga colônia portuguesa, tornava-se independente. No mesmo ano, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) inaugurava o Centro de Formação Profissional Brasil – Timor-Leste (CFPBTL) na cidade de Díli, capital timorense. O objetivo era contribuir para o fortalecimento da economia e promoção do desenvolvimento social do país, que fica no sudeste asiático, por meio da formação de mão de obra qualificada e incentivo às práticas empreendedoras.
O país avançou e, como prova disso, no mês passado foi assinado o Protocolo Interno de Transferência de Gestão do Centro de Formação Profissional Brasil – Timor-Leste. A partir de agora, o governo timorense assume o compromisso de dar continuidade às atividades empreendidas há mais de uma década. O projeto da unidade foi desenvolvido pelo SENAI sob a coordenação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores.
De acordo com o gerente executivo de Relações Internacionais do SENAI, Frederico Lamego, durante a construção da escola, o país passava por incidentes, revoltas e turbulências políticas, mas a unidade ficou intacta. “O governo timorense mostrou que tem condições de seguir adiante sem a gestão do SENAI. Já tem orçamento previsto e gente capacitada para gerenciar o centro”, disse. Lamego ressalta que esse é um exemplo bem sucedido da cooperação brasileira. Ouça, clicando aqui.
Em todos estes anos de funcionamento, sob gerenciamento do SENAI, o Centro de Formação no Timor-Leste formou mais de 3 mil profissionais. A unidade oferece 11 cursos: costura, panificação, informática, marcenaria, pedreiro, canalização, carpintaria, eletricidade, mecânica de motos, hardware e redes de computadores, e refrigeração.