Na tarde de ontem (13/8), foi realizado o segundo encontro das empresas ligadas ao Sindicato da Indústria Gráfica do Estado do Ceará (Sindigráfica) inscritas no Projeto Setorial das Indústrias Gráficas da Região Metropolitana de Fortaleza, um dos 11 projetos em execução em 2014. O plano faz parte do Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Sebrae Nacional.

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL/CE) e o Sebrae são os responsáveis estaduais pelo Procompi. Na primeira etapa de consultorias,  as gráficas, num total de 25, identificaram as principais necessidades do seguimento. Em setembro, deve ter início as consultorias nos estabelecimentos, com ênfase nas necessidades apontadas, conforme a gerente de Prospecção e Tendências do IEL/CE, Margaret Lins Teixeira.

O presidente do Sindigráfica, Luiz Francisco Esteves, afirma que, além de melhor gestão financeira, o setor gráfico no Ceará carece de atenção aos empresários enquanto profissionais. Conforme o sindicalista, o despreparo dos proprietários de gráficas reflete diretamente no rendimento do setor: “O nosso seguimento é muito na base do improviso”. A falta de mão de obra qualificada também foi identificada por Francisco Esteves como um entrave no crescimento das micro e pequenas indústrias.

A implantação de ferramentas internas, com ênfase em gestão de qualidade, identificadas por meio de consultores do IEL/CE é uma das estratégias apontadas por Margaret Lins. O setor gráfico enfrenta, segundo Luiz Francisco Esteves, um mercado cada vez mais restrito devido o advento das plataformas digitais, além da grande quantidade de empresas, gerando maior competitividade e preços mais baixos ao consumidor final. Diante deste cenário, o sindicalista defende um planejamento estratégico específico.