O consumidor brasileiro está pessimista em fevereiro, revertendo as perspectivas otimistas do mês anterior, revela o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgado nesta sexta-feira (28), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O INEC registrou queda de 4,5% em relação a janeiro, atingindo 108,8 pontos, o menor valor desde junho de 2009. O INEC havia crescido 2,4% em janeiro sobre dezembro.
"Após o aumento de janeiro, uma das maiores variações positivas da série, era possível ocorrer alguma acomodação do INEC no mês subsequente. Contudo, a queda de fevereiro - a maior na série mensal do índice - reflete uma reversão das perspectivas do consumidor para os próximos meses", assinala a CNI.
O INEC de fevereiro demonstra haver "apreensão do consumidor com o ambiente macroeconômico", destaca a CNI. Todos os seis componentes do INEC registraram recuo tanto na comparação com o mês anterior quanto em relação a fevereiro de 2013. O índice de expectativa do desemprego recuou 11% sobre janeiro, refletindo aumento no percentual dos consumidores que esperam elevação do desemprego nos próximos seis meses - na metodologia do INEC, a redução do índice representa maior número de consumidores pessimistas com a evolução do desemprego.
Com 99,4 pontos, o índice de expectativa da inflação recuou 4% em fevereiro sobre janeiro, no terceiro mês consecutivo de queda, representando "uma crescente preocupação com a evolução futura dos preços", sublinha a CNI na pesquisa. A queda no índice de expectativa de evolução da renda pessoal foi de 3,6% em relação a janeiro, enquanto o índice de situação financeira recuou 3,4%. O índice da perspectiva de endividamento caiu 3,2% em fevereiro, revelando aumento da preocupação com as dívidas pessoais, enquanto diminuiu a quantidade de consumidores dispostos a comprar bens de maior valor, com o índice caindo 3% comparativamente a janeiro.
O INEC foi calculado com base em 2002 entrevistas feitas pelo Ibope Inteligência entre 13 e 17 de fevereiro.
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