Micro e pequenas empresas vão se beneficiar de grandes eventos

Levantamento da Firjan indica que o estado do Rio de Janeiro receberá, entre 2012 e 2014, aporte de R$ 211,5 bilhões para investir em infraestrutura

A onda de investimentos que já começou a chegar ao Rio deve beneficiar não só os grandes empreendimentos, mas também dar mais fôlego aos pequenos negócios. Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o estado receberá, no triênio 2012-2014, R$ 211,5 bilhões para o setor de infraestrutura, obras para grandes eventos e investimento de grandes empresas. Com o bom momento, as micro e pequenas empresas (MPE) fluminenses têm pela frente um duplo desafio: turbinar o segmento de comércio e serviços, vocação dos pequenos negócios locais; e estimular o crescimento do setor industrial, que tende a empregar mais, porém ainda é tímido no Rio.

Apesar de representarem a maioria absoluta entre as companhias instaladas no Rio, as micro e pequenas empresas respondem por menos da metade das vagas geradas no estado. Segundo dados mais recentes do Sebrae-RJ, com base em informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Rio tinha, até o fim de 2012,274.736 MPEs, 96,7% do total. Juntas, elas geraram 1.637.994 empregos - 37,4% do total de postos no estado.

Segundo o presidente do Sebrae-RJ, Cezar Vasquez, o dado mostra que prevalecem os empreendedores que trabalham por conta própria. Para ele, o Rio não deve deixar de lado sua característica de polo de comércio e serviços. No entanto, há potencial para que a indústria cresça e, com isso, também aumente a geração de empregos.

Há um enorme espaço e é importantíssimo que cresça o emprego industrial. Hoje é mais serviço e logística, mas é importante ocupar espaço na área industrial. Há uma correlação séria em nível de desenvolvimento e renda com a indústria - diz Cezar Vasquez, presidente do Sebrae-RJ.

Segundo a instituição, a indústria representa 7,5% das micro e pequenas empresas no Rio. Já os setores de comércio e serviços combinam para mais de 85% dos negócios com até 99 empregados. O restante é dividido por construção civil (3,5%) e agronegócios (2,7%). Segundo a Firjan, o perfil da pequena indústria varia segundo o segmento. Apesar de, globalmente, ter participação menor em relação aos outros setores, a indústria de pequeno porte se destaca em segmentos específicos, como o da indústria têxtil.

- Cada setor industrial tem sua realidade. Na indústria de transformação, as de têxtil, alimentos e vestuários são predominantemente MPE. Nessas áreas, temos no Rio as grandes indústrias também, mas a grande maioria é de pequenas empresas - explica William Figueiredo, especialista em Economia e Estatística da Firjan, destacando que as áreas de metalurgia e química também desempenham papéis importantes, mas como intermediárias.

Leia a íntegra no Jornal O Globo - http://oglobo.globo.com/

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