O programa Vira Vida, do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI), vai ser adotado pelo governo do Distrito Federal como política de estado. Decreto publicado nesta quinta-feira (31), institui o programa que atenderá de forma prioritária adolescentes e jovens entre 14 e 21 anos incompletos vítimas de violência sexual. O objetivo é oferecer a eles apoio psicossocial, além de formação profissional aliada à educação básica e continuada para promover seu acesso ao mercado de trabalho.
O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Menegheli, e pela secretária da Criança do Distrito Federal, Rejane Pitanga, durante o 4º Seminário Nacional Poder Jovem – Inovar e transformar, que ocorre em Brasília entre 31 de outubro e 2 de novembro. Quinhentos jovens, atuais beneficiários do programa, estão em Brasília para participar de atividades sobre saúde, sexualidade e trabalho.
De acordo com Menegheli, o Conselho Nacional já vinha se articulando com governos estaduais e o governo federal para implementar o programa como política de estado. “O principal ganho com isso é que o estado pode ampliar a cobertura de beneficiários. Continuaremos, mesmo no DF, como parceiros, só que agora seremos demandados pelo governo”, explica.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL - O Vira Vida foi criado em 2008 para atender especificamente jovens com histórico de abusos e exploração sexual. Atualmente, é desenvolvido em 23 cidades de 19 estados, entre elas Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Dos 3,7 mil matriculados, 1,8 mil já concluíram cursos de formação profissional e 1,2 mil estão em sala de aula. Dos formados, 1,1 mil estão no mercado de trabalho.
A proposta socioeducativa é coordenada pelos Departamentos Regionais do SESI, que possuem equipe multidisciplinar com psicólogos, pedagogos e assistentes sociais. Os cursos realizados pelo SESI, SENAI, SENAC, SESC, SEST, SENAT, SEBRAE e SESCOOP aliam formação profissional e educação básica, com abordagem de temas como cidadania, saúde e doenças sexualmente transmissíveis, cuidado com o corpo, orçamento familiar e direitos humanos.
