Equipes se organizam para melhorar desenvolvimento de ideias no GP SENAI de Inovação

Depois de 48 horas, de 72 previstas, os 42 competidores produziram 283 ideias voltadas a soluções para o mundo moderno

Uma competição em que as equipes ficam ali, lado a lado, observando tudo que é produzido pela “concorrência”. Os integrantes de cada grupo interagem não apenas entre eles mesmos, mas com representantes de grandes empresas nacionais, empreendedores interessados em levar aquelas ideias adiante e, ainda, o público em geral.

Esse é o Grand Prix SENAI de Inovação, que reúne 42 competidores em busca de soluções para problemas do mundo moderno. Passadas as primeiras 48 – de 72 horas consecutivas – da competição, já foram registradas 283 ideias. O objetivo é transformá-las em produtos e serviços para serem viabilizados no mercado.

Cada equipe se organizou de maneira a alcançar o máximo de produtividade. A escuderia Fênix, por exemplo, trabalha sem revezamentos, sempre todos juntos. “No primeiro dia, ficamos até 2h da manhã e retornamos às 6h. No segundo, o trabalho foi até 3h30 e voltamos às 11h. Mesmo dormindo tão pouco, estamos todos animados e ainda com muito gás”, conta Gisele Ramos, do SENAI de Minas Gerais e integrante do grupo. Para ela, o conceito de inovação aberta está sendo colocado em prática. Ela cita as contribuições do Instituto Politécnico de Milão, parceiro na realização do evento. Ouça clicando aqui.

DIFERENÇAS – Durante a competição, os profissionais têm ideias, recebem contribuições de empresários sobre a funcionalidade do que criaram, fazem esboços e utilizam impressoras 3D para apresentar suas invenções. Elas ficarão disponíveis, a partir de 2014, em um banco gratuito de ideias para empreendedores que queiram inovar.

O estudante do 5º ano de engenharia mecânica aeronáutica, Bruno Guitarrare, já está acostumado à rotina de muito trabalho aliado a pouco descanso. Aluno do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ele afirma que o grande diferencial é ter de trabalhar com pessoas que conheceu há apenas dois dias.

"No ITA fazemos bastante trabalho em grupo. Mas lá, os alunos moram e estudam juntos, ou seja, existe muita intimidade. Apesar das divergências que temos aqui no Grand Prix, nosso trabalho está sendo elogiado e estou gostando bastante”, diz Bruno, que atua, lado a lado na equipe, com estudantes e professores do SENAI, profissionais do SESI e empreendedores de startups indicadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O estudante do ITA Bruno Guitarrare afirma que a experiência de ficar confinado por 72 horas - trabalhando com pessoas que conheceu há apenas dois dias - está dando certo

SAIBA MAIS - O Grand Prix SENAI de Inovação é inspirado em um modelo sueco e reúne seis equipes com sete integrantes cada. Elas têm 72 horas consecutivas para buscar soluções para questões relacionadas a três grandes desafios do mundo moderno: Envelhecimento da População, Desastres Ambientais e Mega Eventos. As tarefas envolvem as áreas de saúde humana, mobilidade urbana, segurança e meio ambiente.

A primeira edição do Grand Prix acontece no WTC, em São Paulo, durante a Open Innovation Week. A largada da  corrida ocorreu às 14h de domingo (24) e segue até quarta (27). Quem não pode visitar a arena de inovação consegue acompanhar a produção de todas as ideias, votar nas preferidas e dar sugestões para incrementá-las. Tudo isso é feito no site do Grand Prix SENAI de Inovação. Basta criar uma senha de acesso.

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