Em workshop sobre reforma política, Longen sugere mudanças simples

Presidente da Fiems fez a manifestação durante evento promovido ontem (7) em Brasília, defendendo o mesmo avanço para o tema daquele visto para a reforma tributária

Durante participação em Workshop sobre Reforma Política no Brasil, promovido ontem (07/11) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), no Mercure Brasília Eixo Hotel, em Brasília (DF), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, sugeriu que o tema avance assim como está ocorrendo com a reforma tributária. "Precisamos de uma proposta simples, com um, dois ou três temas, no máximo, para que sejam muito bem debatidos. No entanto, vai ser muito difícil por conta dos projetos que estão sendo debatidos, com vários detalhes e pontos apresentados", declarou.

Hoje, conforme Sérgio Longen, a situação mais grave é a realização de eleições de dois em dois anos. "Mal termina uma eleição para prefeito, já começam os preparativos para as eleições de deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República. Isso é muito caro para a sociedade", avaliou, acrescentando que esse assunto traz à tona o tema financiamento de campanha. "As regras precisam ser muito simples para que a sociedade entenda o modelo de financiamento de campanha. Se nós pudéssemos evoluir em uma proposta, definindo um mandato cinco anos e limitando os gastos de campanha, imagine o tamanho do passo que nós já teríamos dado para uma evolução em termos de reforma política?", questionou.

O presidente da Fiems defende ainda a apresentação de propostas para que, cada vez mais, a sociedade participe e entenda como funcionam as eleições, a cobrança de impostos, o judiciário e tantos outros temas de grande importância para a evolução e desenvolvimento do País. "Nesse sentido, temos de elogiar a iniciativa da CNI de iniciar o debate de um assunto de interesse comum da sociedade brasileira, não só da indústria, mas sim de todos nós que vivemos neste País", declarou.

Na avaliação do presidente do CAL (Conselho Temático de Assuntos Legislativos) da CNI, Paulo Afonso Ferreira, o Brasil de hoje convive com duas máximas: não se faz reforma tributária e não se faz reforma política. "Nós precisamos primeiro criar o consenso dentro do próprio setor industrial brasileiro, se nós queremos a reforma política ou não, porque aí é que é o processo. E se nós queremos, quais são os pontos em que precisam ser analisados para que nós tenhamos a possibilidade de tomar uma decisão, uma posição", destacou.

Paulo Afonso destaca que a participação do presidente da Fiems no Workshop sobre Reforma Política no Brasil foi justamente porque se trata de um empresário que tem uma postura muito positiva. "Ele tem coragem de expor o que pensa, quais são as ações que precisam ser tomadas, enfim, trata-se de uma pessoa extremamente proativa e que tem dado uma contribuição enorme para CNI", avaliou.

O evento teve as participações de Roberto DAlimonte, da Libera Università Internazionale degli Studi Sociali Guido Carli - LUISS, em Roma, Itália, do deputado federal Henrique Fontana (PT/RS), do deputado federal Jorge Côrte Real (PTB/PE), de David Samuels, da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, do deputado federal Candido Vaccareza (PT/SP), de Fabiano Santos, da IESP/UERJ, e do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM/GO).

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