As infindáveis possibilidades da tecnologia produzida a partir do código genético passam pela criação de antibióticos imunes a qualquer tipo de resistência e cirurgias reconstrutivas de tecidos e órgãos bem-sucedidas. Os rumos tomados pela bioeconomia foram apresentados pelo presidente da Biotechonomy, Juan Enriquez, coautor do termo, durante o 2º Fórum de Bioeconomia promovido pela CNI, em São Paulo (SP). “Já estamos testando com êxito uma cola humana para ossos fragilizados a custos inferiores ao de qualquer outra pesquisa nessa área”, revelou o especialista, ao exemplificar o que os investimentos em bioeconomia têm proporcionado.
Para Enriquez, o código da vida é o grande propulsor do futuro. “É por meio dele que poderemos reprogramar o corpo para a produção de tecidos”. Além disso, ele disse que outras inovações possibilitadas pela biotecnologia são a criação de vacinas em formatos digitais, a criação de bancos de dados em sistemas de nuvem que armazenem informações sobre bancos genéticos e sobre a saúde humana, além da cura do câncer.
Juan Enriquez explicou que nos últimos 30 anos os países que ficaram ricos foram aqueles que entenderam o valor do código digital. ”Agora isso vai se repetir: quem entender o valor estratégico do DNA vai dominar as tecnologias baseadas nas ciências da vida”, concluiu.