Longen reforça ao presidente do Paraguai os interesses comerciais da indústria de MS

Presidente da Fiems, Sérgio Longen, demonstrou o interesse por parte da indústria sul-mato-grossense de aproximar relações comerciais com o país vizinho

Durante encontro de lideranças do setor industrial brasileiro com o presidente do Paraguai, Horácio Cartes, realizado ontem à noite (30/09) na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília (DF), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou o interesse da indústria sul-mato-grossense de estreitar as relações comerciais com o país vizinho. "Precisamos, mais do que nunca, ampliar nossas relações econômicas. Entendemos que a sua vinda à Casa da Indústria Nacional com todos os seus ministros de Estado é um sinal claro de que estamos diante de um novo Paraguai, que oferece segurança para quem pretende investir e trabalhar com seriedade", declarou.

Ele acrescentou ainda que hoje a atenção do setor industrial brasileiro está voltada para o Paraguai. "Tenho certeza que o senhor já visualizou isso, pois, missões empresariais ao Paraguai são construídas atualmente com muita facilidade em qualquer Estado do Brasil. Nós enxergamos hoje o Paraguai como uma porta aberta de oportunidades para melhorar, inclusive, a competitividade da indústria nacional visto que está cada vez mais difícil de produzir no Brasil", reforçou.

Nesse sentido, completou, gostaria também de informar que atualmente o setor produtivo de Mato Grosso do Sul tem alguns trabalhos em estudo em prol do desenvolvimento econômico e social da região de fronteira com o Paraguai, como a implantação do Parque Tecnológico Internacional de Ponta Porã e a construção da Escola do Senai, que poderá atuar na qualificação de mão de obra dos dois países para atender as indústrias instaladas na região fronteiriça. "Temos de aproveitar essa estabilidade política do Paraguai para apostar no desenvolvimento da região", disse após entregar uma cópia do pré-projeto Parque Tecnológico Internacional de Ponta Porã ao ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite.

Já o presidente do Paraguai, Horácio Cartes, destacou que, muitas vezes, os empresários estrangeiros enxergam o que os empresários paraguaios não conseguem ver. "O Paraguai está se descobrindo e por isso temos de aproveitar essas oportunidades. Se é bom para Mato Grosso do Sul, com certeza também será bom para o Paraguai. Não quero meu país pedindo esmola, tem de sentar à mesa de negociações de igual para igual", declarou.

Horácio Cartes completa ainda que o Paraguai pretende ficar conhecido como um país que não muda as regras no meio do jogo. "Para mim, o importante é nunca desmotivar os geradores de riqueza, pois, a pior coisa que pode acontecer com um país é quando alguém diz que vai vender o seu negócio porque não está mais satisfeito com a política econômica. No meu governo, vou lutar para que isso nunca aconteça. Todas as boas ideias são bem-vindas, queremos ouvir, mas também queremos falar, pensando juntos vamos achar as melhores respostas", ressaltou.

Bola da vez

"O Paraguai é a bola da vez". A frase é do presidente da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio, deputado Paulo Corrêa (PR), que também participou do encontro com o presidente do Paraguai, Horácio Cartes. Ele defende a realização de um convênio bilateral entre os países que permita a construção de um núcleo industrial em Pedro Juan Caballero (Paraguai) e também a instituição do SIS-Fronteira (Sistema Integrado de Saúde das Fronteiras), com um cartão de saúde válido para os municípios de fronteira.

Entre as vantagens da instalação de indústrias no Paraguai estão o preço pago pela energia (equivalente a 30% do valor cobrado no Brasil) e a carga tributária, que é muito menor. Para permitir a implantação do polo industrial, o Paraguai deverá fazer uma extensão da rede de energia de alta tensão de Capitan Bado a Pedro Juan Caballero.

O deputado Paulo Corrêa também contou que existe a possibilidade de os governos brasileiro e de Mato Grosso do Sul fornecerem um chip para colocar no gado da Zona de Alta Vigilância, para evitar focos de aftosa. 

Durante a reunião em Brasília, o presidente paraguaio havia explicado que, desde que assumiu o governo, há pouco mais de um mês, vem trabalhando no Congresso para aprovar um projeto de lei de responsabilidade fiscal. Para ele, isso será a garantia de segurança jurídica para os investimentos no Paraguai.

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