A inserção competitiva de micros e pequenos empreendimentos nas cadeias de valor das grandes empresas é essencial para a competitividade do país e das próprias empresas, de acordo com empresários e especialistas que participaram do encerramento do 5º Congresso Brasileiro de Inovação. O evento foi realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) nesta terça-feira (3), em São Paulo (SP).
“A integração das micro e pequenas na cadeia de suprimento das empresas de maior porte é muito importante. Uma cresce com a outra”, apontou Adriana Machado, diretora da GE no Brasil. Segundo ela, como a tecnologia é muito volátil, está em constante e rápida evolução. A colaboração e a parceria são muito importantes. “A gente tem de criar uma cultura de comunicação, de integração. Um ambiente que favoreça a gestão da inovação”, salientou. Para ela, empresas de qualquer tamanho podem inovar.
O diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, ressaltou que inovação não é, necessariamente, fazer grandes investimentos em tecnologia, mas melhorar os processos produtivos da empresa e a gestão dos negócios. “Não se pode ter empresas de classe mundial se o entorno da cadeia produtiva, que é formada por pequenas empresas, não acompanha as inovações”, explicou. “Inovação é fazer diferente para fazer melhor”, completou.
O diretor do Grupo Gerdau, Francisco Doppermann Fortes, contou que o crescimento do grupo, hoje a maior empresa de aço do mundo, em muito se deve à qualificação dos fornecedores e à capacidade de inovação das empresas da cadeia de valor da siderúrgica. “Temos de dar o exemplo dentro de casa e levar isso para os fornecedores. Assim se prospera com inovação”, disse.