São Luís - A nova “Lei dos Portos” abre boas possibilidades de desenvolvimento para o setor portuário do Maranhão. Segundo os palestrantes que participaram do 13º Encontro com Empresários, na Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), com 680 quilômetros de litoral, com o sistema logístico ligado ao Complexo Portuário de São Luís e com o potencial de cargas que o estado tem, não seria difícil ter novos terminais portuários em operação no estado.
Para o engenheiro naval Nelson Carlini, presidente do Conselho de Administração da LogZ Logística Brasil S.A., a nova lei permite que se pense em soluções fora do modelo tradicional adotado pelo país, onde o poder público constrói para depois conceder direitos de concessão.
“É preciso planejar para desenvolver novas cargas e ter estratégia para atrair cargas já existentes para os portos do Maranhão. Qualquer projeto novo no estado tem potencial, mas é preciso ter disposição e planejamento para começar a transformar um projeto em realidade”, disse Carlini.
Navegação
Já o consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), João Emílio Freire Filho, a navegação de cabotagem pode ser uma saída para desenvolver o segmento portuário no estado. “A cabotagem é uma boa solução, porém ainda é preciso criar algumas desonerações para tornar os custos competitivos”, observou Freire Filho.
A proximidade com o Canal do Panamá, que está sendo ampliado, abre boas possibilidades para transformar os portos maranhenses em hubports. “Outra possibilidade é a transformação do Itaqui em um hubport, ou seja, transformar a região em uma área de prestação de serviços portuários e as cargas para desenvolver um hubport podem chegar por cabotagem. Esta formula deu certo em Hong Kong”, comentou o consultor da CNI.
Para o 1º vice-presidente da Fiema, Francisco Sales, as discussões entre empresários, operadores portuários, armadores e profissionais ligados ao setor de navegação durante o 13º Encontro com Empresários, mostram que há interesse em negócios no setor.
“Existe potencial no Maranhão e os palestrantes mostraram isso nas suas apresentações neste encontro. Acreditamos que investimento em portos pode dar mais competitividade à economia do estado e a Fiema trabalha para ampliar a competitividade da indústria maranhense”, comentou Sales.