Brasil e Estados Unidos debatem rumos da inovação em evento no Rio de Janeiro

Objetivo é propiciar troca de experiências nas áreas empresarial, acadêmica e de pesquisa e desenvolvimento, além de identificar oportunidades de negócios em prol da inovação

Como as duas maiores economias das américas, Brasil e Estados Unidos protagonizam atualmente um papel importante na consolidação da cultura de inovação – o instrumento que solidifica a competitividade e é crucial para o fortalecimento econômico dos países. A fim de propiciar um intercâmbio de informações e experiências nas áreas empresarial, acadêmica e de pesquisa e desenvolvimento, e identificar oportunidades de negócios em prol da inovação, representantes dos dois países estão reunidos, no Rio de Janeiro, para a 3ª Conferência de Inovação Brasil Estados Unidos.

O evento é realizado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Movimento Brasil Maior (MBC) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e tem a Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre os parceiros estratégicos.

Durante a manhã, os cerca de 150 convidados participaram de sessões simultâneas de debates sobre diferentes assuntos relacionados à inovação. Foram discutidos os temas de saúde, matriz energética, tecnologia da informação e comunicação, recursos naturais, mobilidade urbana e educação.

Foram discutidos temas de saúde, tecnologia da informação e comunicação, recursos naturais e educação

O workshop com o tema Repensar o futuro da Educação pela Inovação, moderado pelo diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, contou com representantes das áreas de ensino e pesquisa dos dois países que debateram sobre a importância da qualificação profissional para o desenvolvimento.

Apesar da aproximação entre o Brasil e os Estados Unidos, o idioma ainda é uma barreira, como destacou a presidente da organização US-Brazil Connect, Mary Gershwin, que busca criar conexões estratégicas. “Não se pode inovar sem se comunicar. Ainda temos poucos brasileiros que falam inglês e muito menos americanos que falam português e temos que resolver esse problema para melhorar nossa comunicação”, disse Gershwin. Atualmente, os programas de aprendizagem de inglês oferecidos pela US-Brazil Connect têm 800 alunos brasileiros, via SESI e SENAI.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - O estímulo ao estudo de engenharias também foi citado pelos participantes. Brasileiros e americanos concordam: inovação se faz com pessoas qualificadas. Para Rafael Lucchesi, é fundamental o investimento na formação de engenheiros. “Precisamos de uma agenda robusta para engenharia, para ganhos de produtividade e, consequentemente, de inovação, alinhada à educação profissional”, disse Lucchesi.

Já o presidente da Miami Dade College, Eduardo Padrón, defendeu que quem se forma em engenharia deve começar a pensar diferente pela inovação. “As instituições de ensino precisam se adequar ao século 21. Para inovar é preciso pensar como empreendedor e se aprofundar na solução de problemas empresariais”, ressaltou Padrón.

Na tarde desta terça-feira, os convidados participarão de uma reunião fechada sobre negócios, inovação e oportunidades de investimento com foco nas relações bilaterais entre os dois países. A 3ª Conferencia de Inovação Brasil Estados Unidos segue até quinta-feira (12).

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