O indicador de evolução da atividade na indústria da construção foi de 47 pontos em agosto. No mesmo mês, o indicador de nível de atividade em relação ao usual no setor ficou em 43,5 pontos, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quinta-feira (19), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Abaixo de 50 indicam atividade desaquecida.

De acordo com a pesquisa, a retração da atividade foi maior entre as pequenas empresas, cujo indicador de evolução da atividade foi de 44,4 pontos. Nas grandes, ficou em 48,0 e, nas médias, em 46,8 pontos. Com a queda na atividade, o nível de utilização da capacidade de operação do setor recuou de 70% em julho para 69% em agosto.

"As empresas também reduziram o quadro de funcionários, mas esse movimento foi mais ameno que em julho", diz a Sondagem. Embora tenha ficado abaixo da linha divisória de 50 pontos, o indicador de evolução do número de empregados alcançou 46,3 pontos em agosto, pouco maior que os 45,6 pontos de julho.

EXPECTATIVAS FUTURAS - Diante disso, os empresários continuam pouco otimistas em relação ao desempenho do setor nos próximos seis meses. Em setembro, o indicador de expectativa sobre o nível de atividade alcançou 54,2 pontos, o de novos empreendimentos e serviços foi de 53,8 pontos e o de compras de insumos e matérias-primas ficou em 54,2 pontos.

O indicador de expectativa de número de empregados recuou para 52,8 pontos. Embora estejam acima da linha divisória de 50 pontos, o que revela otimismo, todos os indicadores de expectativa estão abaixo de suas médias históricas, constata a CNI.

O economista da CNI Danilo Garcia explica o impacto do baixo otimismo dos empesários no desempenho da indústria da construção. Ouça clicando aqui.

A Sondagem Indústria da Construção de agosto foi feita entre 2 e 12 de setembro com 513 empresas. Dessas 164 são pequenas, 222 são de médio porte e 127 grandes.