Eficiência começa no banco da escola

Instituições de ensino, secretários de educação e do trabalho, entre outros, se reúnem para a apresentação do programa Educação para o Mundo do Trabalho e dar início do movimento em Pernambuco

O segredo para o País produzir mais eficiência está nos bancos das escolas. Atenta ao cenário, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) está capitaneando o movimento Educação para o Mundo do Trabalho . Na próxima segunda-feira, o núcleo regional do programa em Pernambuco se reúne, a partir das 8h30 no hotel Atlante Plaza, Em Boa Viagem.

Formado por 25 representantes, o núcleo reúne Sistema S, reitores de universidades, instituições de ensino, secretários de educação e do trabalho, imprensa e empresários. O encontro marca a apresentação do programa e o início do movimento em Pernambuco. O objetivo da iniciativa é mobilizar empresários, governos e sociedade civil para desenvolver ações para que os bancos das escolas sejam mais atrativos que a rua.

E que a partir da escolarização, os jovens e trabalhadores em geral tenham uma participação mais efetiva no mundo do trabalho , explica Ana Cristina Dias, diretora técnica do SENAI em Pernambuco e gestora técnica do programa.

Na lista de empresas que vão participar do núcleo regional estão Baterias Moura, Máquinas Piratininga, Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP) e Automóvel Expresso. Até a primeira semana de setembro, o núcleo regional vai elaborar uma agenda de ações, que vai se somar às proposições nacionais. Um encontro em outubro vai apresentar e discutir as propostas de todos os Estados para elaboração de um documento nacional.

O primeiro encontro terá palestra de Francisco Cordão, relator de Diretrizes Curriculares para a Educação Profissional, do Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação e Cultura (MEC). O evento será aberto pelo presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Jorge Wicks Côrte Real, e encerrado pelo diretor regional do SENAI, Sérgio Gaudêncio, que foi nomeado embaixador do projeto na região.

A competitividade da indústria passa pela educação. Com o novo posicionamento do Brasil no mercado mundial, o setor constatou que para avançar nesse cenário é necessário promover um salto de qualidade na educação escolar básica, que padece de deficiências como domínio da língua portuguesa, matemática e ciências.

O País é a sétima maior economia do mundo. O setor industrial responde por 27% do total de salários e emprega um em cada quatro brasileiros com carteira assinada. Representa quase 70% das exportações e 22% do PIB. Mas o Brasil está mal colocado no quesito da competitividade global. O Relatório do World Economic Forum (relativo a 2012/2013) mostra que, apesar de uma ligeira melhora nos últimos anos, da 64ª para a 48ª posição, o Brasil ainda ocupa patamar pouco favorável em um conjunto de 144 países estudados. Falta muito para chegar ao nível da China, que ocupa a 29ª posição ou do Chile (33ª), por exemplo.

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