Encontro com líderes sindicais discute desafios da indústria baiana

Divididos em grupos temáticos e utilizando a metodologia JOIN, os dirigentes sindicais foram estimulados a discutir e identificar os desafios para indústria da Bahia e o papel do Sistema FIEB

As expectativas dos sindicatos filiados ao Sistema Fieb em relação aos desafios da indústria baiana para os próximos quatro anos foram debatidas no III Encontro de Presidentes de Sindicatos, realizado na sede da Federação, na sexta-feira, 12. 

Divididos em grupos temáticos e utilizando a metodologia JOIN, os dirigentes sindicais foram estimulados a discutir e identificar os desafios para indústria da Bahia e o papel do Sistema FIEB, com foco nas seguintes diretrizes: Educação e Qualificação, Infraestrutura e Interiorização, Associativismo e Defesa de Interesse, Competitividade e Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Comércio Exterior. As sugestões apontadas pelos sindicatos contribuem para a elaboração do planejamento estratégico do Sistema Fieb. 

“Esse tipo de reunião nos traz informações importantes para sabermos as estratégias que devemos seguir. Estou aberto a novas ideias para que a gente possa crescer e progredir”, ressaltou o presidente do Sistema Fieb, José de Freitas Mascarenhas. 

Durante o encontro, o diretor executivo da FIEB, Alexandre Beduschi, apresentou uma avaliação das ações realizadas pelo Sistema FIEB em 2012, a partir das demandas dos sindicatos. Entre as ações destacadas, estão o aumento de 20% nos projetos de mestrado e doutorado focados na indústria e do lançamento do Programa de Interiorização do Sistema FIEB nas Regiões Sudoeste e Central. 

A programação também incluiu a apresentação dos resultados da pesquisa realizada com os presidentes de Sindicatos, que englobou temas como Gestão do Sindicato, Comunicação, Associativismo, Defesa de Interesses, Interiorização, Relações Trabalhistas, Educação e Qualificação, Estudos Econômicos, Saúde e Segurança no Trabalho. 

De acordo com o levantamento - respondido por 85% dos 41 sindicatos filiados à FIEB - o aumento da base sindical; cursos e capacitações; e a defesa de interesses são os temas apontados como prioritários pelos líderes sindicais. O superintendente de Relações Institucionais da FIEB, Cid Viana, ressaltou que o levantamento serve como base para que as casas do Sistema Fieb identifiquem de que forma podem melhorar suas atuações junto às entidades. Além disso, a pesquisa também auxilia os sindicatos a identificar as oportunidades de crescimento e melhoria em diversas áreas, incluindo a atuação com empresas associadas e não associadas. 

Macroeconomia 

O evento contou, ainda, com a participação do economista Oswaldo Guerra, que ministrou palestra sobre o cenário macroeconômico, apontando seus impactos sobre a indústria baiana. O doutor em economia pela Unicamp falou sobre o pessimismo do cenário internacional, com a desaceleração do ritmo de crescimento; e sobre o cenário nacional, destacando a questão cambial. “Creio que o Banco Central não permitirá uma desvalorização agressiva da moeda brasileira, porque isso geraria impacto na inflação. Por isso, as taxas de juros terão que ser elevadas”, pontuou. 

Sobre o cenário baiano, o economista destacou que há algum tempo é feito um esforço por parte dos governos para diversificar a pauta industrial do estado, adensando a matriz industrial. “A Bahia é fornecedora de bens intermediários para indústria do Sul e Sudeste. Para que o adensamento da matriz ocorra, é preciso entrar em batalha dura com as indústrias destas regiões, que contam com vantagens competitivas como mão de obra mais qualificada, melhor infraestrutura, e mais investimentos em pesquisa e educação”, disse. 

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