Brasileiros estão preocupados com a inflação e o desemprego

Depois da queda de 3,5% em junho na comparação com maio, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) ficou estável em julho, em 110 pontos

Depois da queda de 3,5% em junho na comparação com maio, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) ficou estável em julho, em 110 pontos. Mas, em relação ao mesmo mês do ano passado, o INEC caiu 2,7%, informa a pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 29 de julho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Conforme o levantamento, os brasileiros estão especialmente pessimistas com a evolução dos preços nos próximos seis meses. O indicador de expectativa de inflação caiu 5,9% em julho na comparação com junho e ficou em 98,4 pontos. A queda em relação ao mesmo mês do ano passado foi de 11,1%. Quanto mais baixo o índice, maior é a preocupação das pessoas. "O índice de julho para a inflação é o mais baixo desde 2001", diz a pesquisa. 

A expectativa em relação ao desemprego caiu 2% frente a junho e 8,1% na comparação com julho de 2012. O índice ficou em 115,9 pontos. "O movimento de baixa indica pessimismo do consumidor quanto à capacidade da economia brasileira continuar gerando novos postos de trabalho nos próximos seis meses", mostra a CNI. 

RENDA PESSOAL - De acordo com a pesquisa, as perspectivas para os próximos seis meses em relação à renda pessoal ficaram estáveis em relação a junho e tiveram retração de 0,4% na comparação com julho de 2012. 

A avaliação atual da situação financeira caiu 2,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado e ficou estável em relação a junho deste ano. Mesmo assim, os consumidores estão otimistas com a evolução das dívidas pessoais e mais dispostos a aumentar as compras de bens de maior valor. O indicador de endividamento aumentou 1,3% e o de perspectiva de compras cresceu 2,1% em julho na comparação com junho. 

O INEC deste mês ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 11 e 14 de julho. 

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