Flávio Castelo Branco destaca ações para melhorar competitividade da indústria

Gerente-executivo da unidade de política econômica da CNI ministrou, nesta quinta-feira (23/05), a palestra "Indústria: Tendências e Desafios"

Como despertar a indústria para um novo ciclo de investimento? Com esse questionamento o gerente-executivo da unidade de política econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Flávio Castelo Branco, iniciou a palestra desta quinta-feira (23/05) no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), como parte da programação da Semana da Indústria, promovida pela Fiems. Na palestra "Indústria: Tendências e Desafios", ele apontou ações que estão em curso e outras ainda a serem tomadas para alavancar a competitividade industrial, além de elencar os principais gargalos.

Flávio Castelo Branco apresentou o chamado diagnóstico agenda da competitividade em que aponta problemas de aspectos conjunturais, estruturais e institucionais, que interferem no desenvolvimento industrial do País. "Nos aspectos conjunturais existem questões como taxa de juros; demanda internacional reprimida e elevado custo de mão de obra. Nos institucionais podemos citar o sistema tributário complexo e oneroso, a dificuldade de acesso ao crédito e a forte burocracia, enquanto nos estruturais aparecem gargalos em infraestrutura, sistema logístico insuficiente, baixa qualificação da mão de obra e alto custo de energia", elencou.

A partir dos apontamentos, ele destacou que a ampliação dos investimentos é o que impulsiona o crescimento vigoroso e, para isso, há a necessidade de ações, algumas já em curso e outras a serem tomadas. "Dentro das ações em curso destacamos a desoneração da folha, a redução do custo de energia elétrica, a MP (Medida Provisória) dos Portos, a reforma do ICMS e a resolução 13 (ICMS). Já as ações a serem tomadas envolvem a redução da burocracia, diminuir a carga tributária, facilitar o acesso ao crédito, melhorar a qualidade da educação formal e profissional e o investimento em infraestrutura", disse.

Por fim, Flávio Castelo Figueiredo apresentou o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, para que ela chegue com condições de competitividade, seja sustentável, produza com menos recursos e com custos menores. "O esforço de um não resolve muita coisa. A força da transformação da sociedade vem da sociedade, por isso a importância da união para produzir mais, vender mais, empregar mais pessoas. É através do crescimento da produção que o Estado deve buscar o recurso. Não se pode aumentar a fatia antes da hora para não abafar o esforço do empresário o mapa nos traz justamente isso à parceria do setor produtivo com o Governo", finalizou.

Repercusão

O vice-presidente da Fiems, Alonso Resende do Nascimento, destacou a importância da escolha do tema. "Uma palestra bastante didática com muita clareza para possamos entender com facilidade a conjuntura econômica. Ele nos apontou os gargalos e o que precisa ser feito para superá-los", pontuou. Já o gerente-regional da CEF (Caixa Econômica Federal), Cláudio Rubbo, reforçou as referências positivas que tem do palestrante. "Trabalho com pessoas jurídicas, por isso é importante buscar a atualização", declarou.

Para o diretor da Fiems, Alfredo Fernandes, os empresários sul-mato-grossenses puderam participar de uma palestra com a maior autoridade em economia do Brasil. "Ele nos trouxe informações fundamentadas. Ele tem conhecimento profundo do que diz e é o responsável pelo setor de economia da CNI, precisamos aqui destacar que a CNI é o maior órgão patronal do Brasil", avaliou.

Serviço - Mais informações sobre a Semana da Indústria podem ser obtidas pelo hotsite www.fiems.com.br/semanadaindustria

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