"Conselho pode ser um facilitador" - Carlos Abijaodi
Aumentar o comércio entre as economias dos Brics - grupo político formado por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul - e reforçar a integração econômica entre as principais economias emergentes do mundo são algumas das missões do Conselho Empresarial do Brics, criado nessa quarta-feira (27) em Durban, na África do Sul, durante a V Cúpula dos Brics. Integram o Conselho cinco representantes de cada um dos cinco países do bloco. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) coordenará a participação brasileira, que contará com os presidentes da WEG, Gerdau, Marcopolo, Vale e Banco do Brasil.
"A formação do Conselho foi proposta pelo governo da África do Sul e aceita pelos demais países. O Brasil sabe que alguns integrantes têm interesses similares nas suas pautas de exportação, e o conselho pode ser um facilitador no conhecimento de oportunidades em nichos de mercado e em cooperação tecnológica. Em áreas estratégicas que permitam ao Brasil ampliar sua competitividade junto a esses parceiros no mercado mundial", avalia o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI Carlos Abijaodi.
A criação do Conselho foi um dos temas do Fórum Empresarial do Brics, que ocorreu paralelamente à reunião de cúpula do grupo. Os empresários acreditam que a ampliação do comércio entre os cinco países deve ser focada nas áreas de energia, economia verde, infraestrutura, agregação de valor à mineração, tecnologia da informação e setor farmacêutico.
Os empresários consideram que a cooperação econômica ajudará os cinco países a resolver desafios domésticos e é importante para acelerar o crescimento da economia global. No entanto, estão preocupados com os impactos da crise do euro no crescimento dos países emergentes atrelados à Europa.
Na declaração conjunta que foi apresentada no final da reunião do Fórum, os empresários dos Brics destacam que também estão dispostos a estabelecer parcerias para desenvolver a integração e a industrialização no continente africano. Dessa forma, querem expandir as relações comerciais entre a África e os Brics.
