Plano Inova Empresa garante modernização e tecnologia à indústria

Iniciativa do governo federal foi lançada nesta quinta-feira (14) e prevê investimentos na ordem de R$ 33 bilhões para os próximos anos

Recursos de R$ 32,9 bilhões para aplicação nos próximos anos, beneficiando empresas industriais, agrícolas e de serviços e com quatro linhas de financiamento. Esta é a previsão do Plano Inova Empresa, lançado nesta quinta-feira (14/03) pelo Governo Federal. O Plano tem quatro linhas de financiamento a atividades de pesquisa, sendo desenvolvimento e inovação (P,D&I): subvenção econômica a empresas (R$ 1,2 bilhão); fomento para projetos em parceria entre instituições de pesquisa e empresas (R$ 4,2 bi); participação acionária em empresas de base tecnológica (R$ 2,2 bi) e crédito para empresas (R$ 20,9 bilhões), esta última com taxas de juros subsidiadas (2,5% a 5% ao ano), quatro anos de carência e 12 anos para pagamento. Para o diretor corporativo da Fiems, Jaime Verruck, o Plano é uma excelente iniciativa para estimular a inovação e aumentar a competitividade da indústria brasileira.

Na ocasião do lançamento do Plano, também foi feito o anúncio da criação da Embrapii (Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial). "Com o Plano Inova Empresa, a presidente Dilma anuncia também a criação da Embrapii, que nasce com o papel de atender de forma diferenciada a demanda industrial, trazendo agilidade e simplificando o processo. O nascimento da Embrapii é facilitador para que os recursos cheguem à indústria. Vale a pena destacar que a CNI teve participação efetiva nisso, por meio do MEI (Movimento Empresarial para Inovação). Dentro do Plano de Inovação, os Institutos Senai de Inovação tem papel preponderante para atender às empresas nesta área", declarou Jaime Verruck.

Ele salientou ainda que o foco das iniciativas é melhorar a indústria brasileira. "A medida vai resultar em ações de médio e longo prazo, mas com foco em melhorar a produtividade e competitividade da Indústria", disse.

Plano

Além dos R$ 32,9 bilhões já programados, o Plano deverá receber um aporte de mais R$ 3,5 bilhões, por meio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para atividades de P&D no setor de telecomunicações. Os recursos estão condicionados ao término de processos de regulação do setor, atualmente em consulta pública.

Somados os recursos próprios e as iniciativas conjuntas com outras instituições, a Finep vai operacionalizar cerca de 40% dos recursos anunciados, abrangendo modalidades como crédito e subvenção econômica, além dos financiamentos dedicados a instituições científico-tecnológicas.

Na ocasião do lançamento, ao anunciar a criação da Embrapii, a presidente Dilma Roussef, falou da proximidade entre instituições públicas de pesquisa e inovação e empresas privadas. "A Emprapii é um dos locais desse "casamento". Terá um papel fundamental, um local de articulação das nossas relações, e isso fará muita diferença para todos nós", disse.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse que o desafio das medidas anunciadas pelo governo federal é alavancar o desenvolvimento tecnológico do país. "O pacote é positivo. O Brasil precisa desenvolver tecnologia e inovar para que a nossa indústria possa ser mais competitiva não só no mercado interno, mas principalmente no exterior."

Segundo Andrade, a iniciativa muda a lógica atual de universidades buscarem parceria com empresas. "Agora, a empresa tem a capacidade de ter o recurso e buscar o centro tecnológico ou a universidade para trabalharem juntos", analisou.

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