Conselho Empresarial dos BRICs nasce com a missão de ampliar comércio entre principais emergentes

Formado por empresários de Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, o Conselho vai trabalhar para que as trocas comerciais entre os cinco países alcance US$ 500 bilhões até 2015

Aumentar o comércio entre as economias dos BRICs - grupo formado por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul - de US$ 286 bilhões para US$ 500 bilhões até 2015 e reforçar a integração econômica entre as principais economias emergentes do mundo. Essas serão as missões do Conselho Empresarial do BRICs, que será criado nesta quarta-feira (27) em Durban, na África do Sul.

Integram o Conselho cinco representantes de cada um dos cinco países do grupo. O Brasil será representado pelos presidentes da WEG, da Gerdau, da Marcopolo, da Vale e do Banco do Brasil.

"A formação do Conselho foi proposta pelo governo da África do Sul e aceita pelos demais países. O Brasil sabe que os integrantes do BRICs têm muitos interesses similares na exportação. Mas é mais uma oportunidade para o Brasil buscar a ampliação de seus mercados", avalia o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

PARCERIAS - O Conselho, que será apresentado aos chefes de Estado dos cinco países durante a reunião de Cúpula do BRICs, se reunirá duas vezes por ano para buscar parcerias tecnológicas, acordos e mecanismos para reduzir barreiras tarifárias e não tarifárias. A proposta é produzir um relatório anual com avaliação do setor privado sobre a evolução da integração econômica entre os cinco países.

A criação do Conselho é um dos temas do Fórum Empresarial dos BRICs, que ocorre paralelamente à reunião de cúpula do grupo, em Durban, na África do Sul. Os empresários acreditam que a ampliação do comércio entre os cinco países deve ser focada na indústria, nos serviços e na agricultura. Mas também veem oportunidades nas áreas de energia, economia verde, infraestrutura, beneficiamento da mineração, tecnologia da informação e no setor farmacêutico.

Os empresários consideram que a cooperação econômica do grupo ajudará os cinco países a resolver desafios domésticos e é importante para acelerar o crescimento da economia global. No entanto, os empresários estão preocupados com os impactos da crise do Euro. Só há uma preocupação, ainda sob o impacto da crise na Zona do Euro, que o crescimento seja sustentável.

Na declaração conjunta que será apresentada no final da reunião do Fórum, os empresários dos BRICs destacam que também estão dispostos a estabelecer parcerias para desenvolver a integração e a industrialização no continente africano. Dessa forma, querem expandir as relações comerciais entre a África e os BRICs.

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