Longen articula com ministro ações para fortalecer indústria estadual

Na avaliação do presidente da Fiems, essas articulações contribuem para estreitar as relações com figuras importantes para o desenvolvimento do setor industrial do Estado

Durante a cerimônia de abertura do 7º Enai (Encontro Nacional da Indústria), realizado pela CNI no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), nesta quarta-feira (05/11), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, articulou com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, e com a secretária do Desenvolvimento da Produção, do MDIC, Heloisa Regina Guimarães Menezes, ações voltadas para o desenvolvimento do setor industrial de Mato Grosso do Sul. "O ministro Fernando Pimentel confirmou visita a Campo Grande no próximo ano, quando se comprometeu em discutirmos projetos e ações do MDIC para o fortalecimento da indústria sul-mato-grossense", declarou.

Ainda durante a conversa, Sérgio Longen abordou com a secretária Heloisa Menezes sobre a questão de imposição de limite de tamanho e maior controle relativo à aquisição de terras por estrangeiros. "A secretária também se comprometeu em conversar, em outro momento, sobre esse assunto", garantiu.

Ele também se encontrou com o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, com quem falou sobre o Movimento Brasil Competitivo (MBC), instituição direcionada pelo Instituto Gerdau. "Conversei com o Gerdau que também confirmou que irá à Fiems para discutirmos temas ligados à gestão pública, tema central tratado na ExpoCidades, e sobre o PDR (Plano de Desenvolvimento Regional), também lançado durante o evento", reforçou.

Na avaliação do presidente da Fiems, essas articulações contribuem para estreitar as relações com figuras importantes para o desenvolvimento do setor industrial do Estado. "Uma iniciativa dessa magnitude que é o Enai merece destaque, ainda mais para discutir a competitividade da indústria, um tema recorrente e que está sempre presente em nossas pautas.

O Enai fortalece a ligação entre o empresariado e nos acrescenta novas informações, além de contribuir para a agilidade e o progresso da indústria brasileira, promovendo a discussão de alternativas para o seu crescimento", afirmou, referindo-se à presença dos diretores do Sistema Fiems no evento.

A comitiva do Estado conta ainda com as participações dos presidentes dos sindicatos industriais Edemir Chaim Asseff (Sindiecol), Marismar Soares Santana (Siaco), Ivo Cescon Scarcelli (Sicadems), Lourival Vieira Costa (Simec), Lenise de Arruda Viegas (Sindivesc), Cláudio George Mendonça (Siams), Natel Henrique Farias de Moraes (Sindicer) e Alfredo Fernandes (Sindicon), além dos diretores Edis Gomes da Silva, Jaime Verruck, Luiz Cláudio Sabedotti Fornari, Altair da Graça Cruz e Julião Flaves Gaúna

Abertura

Na abertura do Enai, a presidente Dilma Rousseff anunciou a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para 2013. "Vamos assegurar que o sistema atual do PSI seja um sistema muito efetivo. Ampliaremos os recursos para mais de R$ 80 bilhões", disse. Ela informou que os detalhes serão dados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O anúncio atende à demanda da CNI e do setor empresarial.

Antes do discurso de Dilma Rousseff, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, pediu à presidente a prorrogação tanto do PSI, que incentiva a produção, aquisição e exportação de bens de capital, além de investimentos em tecnologia e inovação, como do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras (Reintegra), ambos programados para terminarem no dia 31 deste mês.

"São duas questões de extrema importância para aumentar a competitividade da indústria. Por isso, em consonância com o desejo do setor produtivo brasileiro, gostaria de solicitar publicamente a extensão do Reintegra e do PSI", disse Andrade publicamente à presidente.

O Reintegra prevê a desoneração de resíduos de tributos indiretos, como PIS e Cofins, sobre os produtos industrializados brasileiros exportados. O presidente da CNI lembrou que o Reintegra, uma das principais medidas do Plano Brasil Maior, contribuiu, ainda que parcialmente, para a correção de um dos aspectos negativos da atual estrutura tributária brasileira para as exportações: a acumulação de resíduos tributários nas cadeias produtivas exportadoras.

Dilma também se comprometeu a reduzir a burocracia e os prazos para a aprovação de projetos de investimento. "Precisamos tornar os financiamentos mais ágeis. Eu serei parceira da indústria nesta cobrança", disse a presidente. Durante o discurso, ela fez um balanço das medidas de apoio à competitividade das empresas e ao crescimento da economia lançadas em seu governo.

Entre essas ações, ela destacou a redução dos juros, das tarifas de energia e a desoneração da folha de pagamento. "O meu desafio é buscar uma maior competitividade dos diversos segmentos da economia. Mas, sem sombra de dúvida, da indústria", afirmou Dilma. "Eu fiz da defesa de uma indústria forte e mais competitiva uma questão central para o nosso desenvolvimento."

Educação profissional

Ainda durante da abertura do 7º Enai, Dilma Rousseff assinou a medida provisória que amplia o alcance do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Com isso, quem já concluiu o ensino médio em escolas públicas poderá se matricular gratuitamente em cursos técnicos oferecidos pelas instituições parceiras do programa, entre elas o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). "No Pronatec, está uma das chaves do futuro de nosso país", avaliou a presidente, ao destacar os 2,5 milhões de jovens já atendidos pelo programa lançado em outubro de 2011.

"Para cada um desses jovens, há um futuro diferente, e para nós, é uma oportunidade", disse, depois de fazer um balanço das medidas de apoio ao crescimento da economia lançadas em seu governo. Entre essas medidas, ela destacou a redução dos juros e a desoneração da folha de pagamento.

Na avaliação de Dilma, a interiorização da educação profissional - um dos objetivos do programa - produzirá uma das mais importantes revoluções do país e será capaz de promover a capacidade competitiva do país. A presidente citou a parceria da CNI com o governo para a realização do Pronatec como um dos destaques das ações do governo. O Senai responde 55% de todas as matrículas.

Para os próximos anos, o Senai se impôs a tarefa de dobrar a quantidade de trabalhadores treinados. A meta é alcançar 2,7 milhões de matrículas neste ano e superar os 4 milhões em 2014. Para tanto, o Senai construirá 53 centros de formação profissional e tecnológica e colocará em funcionamento 81 novas unidades móveis, sendo um navio escola para a região amazônica.

"Podemos comemorar avanços na área da educação, graças às excelentes perspectivas do Pronatec, que vem se tornando uma ação fundamental para a evolução da educação profissionalizante em nosso país", disse Robson Braga de Andrade.

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