Presidente da CNI defende ampliação de medidas do Plano Brasil Maior

Entre as sugestões levadas ao governo nesta quarta-feira, 31 de outubro, estão a prorrogação do Reintegra e a extensão de benefícios concedidos às montadoras para fabricantes de autopeças

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, propôs o aperfeiçoamentos das medidas do Plano Brasil Maior. Entre as propostas está a prorrogação por mais um ano do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), previsto para se encerrar neste ano, e a extensão aos fabricantes de autopeças dos benefícios concedidos à indústria automobilística no programa Inovar Auto, lançado no início do mês. As sugestões foram apresentadas da reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), realizada nesta quarta-feira, 31 de outubro, no Palácio do Planalto. 

De acordo com Andrade, é preciso fortalecer medidas voltadas para incentivar os investimentos. “Assim como criamos fortes mecanismos para promover o consumo, precisamos focar agora em medidas que estimulem os investimentos”, destacou. O presidente da CNI alertou que, no caso da indústria automobilística, as medidas para atrair investimentos precisam ser repassados para o setor de autopeças. “Caso contrário, teremos montadoras no Brasil, mas continuaremos importando todos os componentes”, completou. 

Na reunião, informou  Andrade,  representantes de empresários, de trabalhadores e do governo avaliaram os resultados do Programa Brasil Maior e o que falta para melhorar e ampliar as medidas para o próximo ano. “Precisamos de incentivos que desencadeiem nos empresários a vontade de investir”, ressaltou. 

Segundo ele, outro tema debatido no encontro, em que estiveram presentes os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, foi a urgência de solução para a guerra fiscal entre os estados. Segundo ele, a decisão que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve tomar até dezembro sobre a questão não pode trazer insegurança às indústrias que já receberam incentivos fiscais. “A proposta da CNI é que o governo valide os inventivos dados no passado e impeça novos incentivos a partir da data da decisão do STF”, declarou Andrade. 

Também participaram do CNDI os ministros Antonio Patriota, de Relações Exteriores, Miriam Belchior, do Planejamento, Alexandre Padilha, da Saúde, e Wagner Bittencourt, da Secretaria de Aviação Civil, além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Estiveram na reunião 19 representantes do setor empresarial e dos trabalhadores. Do lado empresarial, também estiveram presente o Conselho de Integração Internacional da CNI, Paulo Tigre, e o presidente da Coteminas, Josué da Silva. 

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