FIERGS entrega carta pela Educação Criativa do 5º Congresso de Inovação

O documento Educação Criativa: Matéria-prima para o Século 21 fala das rápidas mudanças que o mundo está passando e na importância da educação neste contexto

No final da tarde da quarta-feira (31), o vice-presidente do CIERGS, Ricardo Felizzola fez a entrega da Carta do 5º Congresso Internacional de Inovação ao secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Cleber Prodanov, intitulada Educação Criativa: Matéria-prima para o Século 21. O documento fala das rápidas mudanças que o mundo está passando e na importância da educação neste contexto. Capacitar de forma imediata o maior contingente possível de professores do ensino fundamental diante da nova realidade de infraestrutura de inovação, inclusão digital e ensino de idiomas na grade curricular básica, incorporar a criatividade técnicas de resolução de problemas, aumentar a oferta de educação a distância de qualidade, desenvolver a promoção de ações de intercâmbio para alunos universitários de instituições gaúchas com instituições estrangeiras, aproximar os grupos de pesquisa de universidades gaúchas, e do Senai às iniciativas empresariais focadas no mercado, são algumas das sugestões da carta. O 5º Congresso Internacional de Inovação promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do IEL-RS, Sesi-RS e Senai-RS, teve público de mais de 2 mil pessoas que lotaram o Teatro do Sesi nos dias 30 e 31 de outubro, em Porto Alegre.

Confira a Carta do Congresso

5º Congresso Internacional de Inovação - EDUCAÇÃO CRIATIVA: MATÉRIA-PRIMA PARA O SÉCULO 21
Ideias e Ideais na Geração de Riquezas foi o tema que o Sistema FIERGS escolheu para este 5º Congresso Internacional de Inovação. Sensíveis a um futuro pautado por novos conhecimentos, ao lado de tecnologias antes impensáveis, os modelos de vida e trabalho estão sendo expostos a experiências inéditas diariamente. As redes sociais chegam e rapidamente criam uma democracia mundial, ao mesmo tempo em que vivenciamos as tendências dos sistemas de produção e consumo colaborativos e sustentáveis, a co-criação de produtos e serviços, e a mais nova ideia de fronteiras livres compartilhadas, sejam físicas, culturais, econômicas e/ou virtuais.

Esse processo de rápidas mudanças implica na recriação do ensino e da aprendizagem. A educação, no seu significado mais amplo, tem papel preponderante neste contexto de evolução social dos cidadãos.
País de um dos povos mais inventivos do mundo e com grande capacidade para a resolução de problemas, o Brasil se sobressai como protagonista neste novo ambiente. Exemplos concretos de sucesso já existem nas áreas que permeiam o desenvolvimento humano e a inovação, cabendo estudá-los, replicá-los e estimular os segmentos industriais portadores de futuro.

O futuro êxito do Rio Grande do Sul neste momento depende do comprometimento de empresas, do poder público, da Academia local e das entidades representativas com as seguintes recomendações:

1. Capacitar de forma imediata o maior contingente possível de professores do ensino fundamental diante da nova realidade de infraestrutura de inovação;
2. Buscar a implantação da tecnologia mais atual possível em termos de TI para as escolas fundamentais do estado, incluindo também os idiomas espanhol e inglês na grade curricular;
3. Incorporar à criatividade técnicas de resolução de problemas, de contextualização e de desenvolvimento de projetos, iniciando já no ensino básico e enfatizando estes conhecimentos no ensino superior e executivo;
4. Ampliar o uso de métodos de ensino e aprendizagem capazes de alinhar os conhecimentos das ciências exatas, mais afeitos à inovação e à tecnologia, ao conhecimento das ciências humanas e à cultura, principais motores da criatividade, e de todos os aspectos comportamentais necessários ao desenvolvimento integral do ser humano e de sua inserção no mundo do trabalho;
5. Aumentar a oferta de educação a distância, fortalecendo mecanismos de avaliações da qualidade do método;
6. Criar programas de apoio para que os jovens possam efetivamente ter acesso à educação técnica e profissional em escala nacional, sintonizada às demandas e à dinâmica do mundo do trabalho;
7. Desenvolver novos métodos de ensino e aprendizagem, como a promoção de ações de intercâmbio de estudantes de nível universitário entre instituições gaúchas e estrangeiras, e uso de novas tecnologias de comunicação;
8. Identificar e aproximar grupos de excelência em pesquisa de universidades gaúchas, Institutos SENAI de Tecnologia e Institutos SENAI de Inovação às iniciativas empresariais focadas em mercado, inserindo a atuação do SESI e do IEL em um programa plural de inserção na era do conhecimento;
9. Capacitar as empresas para se beneficiarem de estímulos à pesquisa e inovação e dos marcos legais existentes, além de incentivar o investimento privado no desenvolvimento tecnológico;
10. Estimular a aproximação entre investidores e empresas nascentes/inventores, visando à promoção e desenvolvimento de novos negócios em áreas emergentes;
11. Estabelecer relações de parceria entre empresas, governos, e universidades objetivando o registro de patentes, disseminando as vantagens da propriedade intelectual para a competitividade das indústrias; e
12. Utilizar a diversidade de competências e do ambiente onde a empresa está inserida como fator de vantagem competitiva (valorização das competências locais).

Porto Alegre, 31 de outubro de 2012

Mais notícias do Congresso no site www.fiergs.org.br/inovacao2012

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