Conselho do SESI promove seminário internacional sobre exploração sexual e eventos esportivos

Evento será promovido pelo Conselho Nacional do SESI em parceria com a Fundação Scelles e a rede ECPAT (sigla do inglês End Child Prostitution And Trafficking– Fim da Prostituição e Tráfico de Crianças).

A relação entre a exploração sexual infantojuvenil e grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas, será discutida no próximo dia 23 de outubro, em um seminário internacional em Paris, na França. 

O objetivo é alertar as autoridades francesas e brasileiras, profissionais de turismo, sindicatos e organizações não-governamentais, dentre outros, sobre os riscos do aumento da exploração sexual de crianças e adolescentes, em função do fluxo turístico que será gerado durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Brasil. 

A ideia é construir estratégias comuns de prevenção. Para isso, o seminário “A Exploração Sexual e os Grandes Eventos Esportivos” reunirá representantes de instituições do Terceiro Setor e dos governos brasileiro e francês. Dentre eles, a ministra brasileira de Direitos Humanos, Maria do Rosário; o presidente da ECPAT France, Xavier Emmanuelli; o presidente da Fundação Scelles, Yves Charpenel; o diretor do Escritório de OrganizaçãoInternacional do Trabalho na França, Jean-François Trogrlic; e o presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli. 

A programação contará com a apresentação de um diagnóstico sobre as causas da exploração sexual no Brasil e dos fatores que levam os estrangeiros a praticarem o chamado “turismo sexual”nos países em desenvolvimento. Além disso, haverá ainda a apresentação de um relatório sobre as consequências econômicas do fenômeno para os países de origem e de destino. 

Na manhã do dia 24, haverá um encontro com a imprensa e convidados para a apresentação das conclusões e dos compromissos assumidos no seminário, seguida do lançamento de uma campanha de conscientização contra o turismo sexual, que será veiculada na Europa, de 2013 até o término da Copa do Mundo de 2014, e replicada no Brasil pelo SESI. 

Exploração sexual no mundo - Estima-se que dois milhões de crianças se prostituam no mundo, segundo relatório da Fundação Scelles. De acordo com a pesquisa divulgada no início do ano, mais de 40 milhões de pessoas no mundo se prostituem atualmente e a grande maioria (75%) são mulheres com idades entre 13 e 25 anos. A entidade analisou o fenômeno em 24 países e revela quase a metade das vítimas de redes de tráfico humano são crianças e jovens com menos de 18 anos. 

SESI, membro da rede nacional de enfrentamento à exploração sexual 

Para apoiar a luta contra o fenômeno no Brasil, o Conselho Nacional do SESI criou em 2008 o projeto ViraVida. Por meio do programa, jovens de 16 a 21 anos que sofreram abuso ou exploração sexual recebem capacitação profissional, atendimento psicossocial, educação básica e inserção no mercado de trabalho. O projeto é desenvolvido em parceria com o Sistema S em 16 estados (CE, BA, SE, PE, RN, PA, AL, MA, PI, PB, DF, RS, PR, RJ, RO e MG) e está em fase de implementação em Manaus (AM), Goiânia (GO), Cuiabá (MT) e São Paulo (SP). 

Sobre a ECPAT e a Fundação Scelles - A Rede ECPAT é uma coalizão internacional de organizações da sociedade civil que trabalham pelo fim da exploração sexual de crianças e adolescentes, compreendendo quatro dimensões: prostituição, pornografia, tráfico e turismo sexual. A rede existe desde 1990 e, atualmente, está presente em 85 países.

 Já a Fundação Scelles, é uma entidade da sociedade civil criada em 1993, que também luta contra a prostituição, o tráfico de seres humanos, o turismo sexual e a pornografia infantil. A fundação promove debates, ações de conscientização e prevenção da exploração sexual.

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