O Brasil precisa avançar na proteção das marcas e patentes para que mais empresas possam inovar, defendeu o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, nesta quarta-feira, 31 de outubro. A afirmação foi feita na abertura do Seminário de propriedade intelectual: onde estamos global e localmente, realizado na sede da CNI, em Brasília. “Tornar o Brasil um país inovador passa inadiavelmente pelo marco regulatório da área, bem como pelo correto entendimento e uso do sistema de propriedade intelectual. Sem a garantia do direito de propriedade as empresas reduzem as suas decisões de investimentos”, disse Abijaodi.
Para o diretor da CNI, a criação de um ambiente favorável à proteção da propriedade intelectual é fundamental para a competitividade das empresas e para o país avançar e inovar em mercados globais. Ele acrescentou que a ausência de um sistema adequado de proteção da propriedade intelectual desvaloriza ativos, inibe investimentos e eleva os custos das empresas que tentam superar as deficiências do Estado.
PROTEÇÃO PARA INVESTIMENTOS - “A segurança institucional evita a concorrência desleal e protege os investimentos realizados no aperfeiçoamento de produtos e processos”, afirmou Abijaodi. “Precisamos fazer as correções para agir de maneira eficiente para não ficar de fora dos mercados competitivos. Temos de nos adequar agora para sermos competitivos e transformar nossa criatividade em fração do PIB”, destacou Abijaodi.
O presidente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Jorge Ávila, disse que o tema tem ganhado importância nos últimos anos, porque é cada vez maior o número de indústrias interessadas em inovar constantemente. “Hoje não é possível fazer investimento em inovação sem proteger o resultado desse investimento”, acrescentou Ávila.
Além disso, explicou ele, o Brasil está ganhando espaço como articulador do tema. “Atualmente ser competitivo é estar no mercado global, portanto, é preciso que haja uma integração entre os negócios brasileiros com os demais países onde a indústria nacional participa”, disse ele. “Essa maior integração institucional passa por uma maior participação do Brasil no sistema internacional de Propriedade Intelectual”, resaltou o presidente do INPI.
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