Como aproveitar oportunidades em petróleo e gás

Diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, estima que serão investidos no setor cerca de US$ 354 bilhões, de 2012 a 2015

Para esclarecer como aproveitar as inúmeras oportunidades de negócio que surgirão na cadeia da indústria brasileira de petróleo e gás, a Fiemg promoveu o workshop “Programa de desenvolvimento competitivo para a cadeia de valor da indústria nacional de petróleo e gás natural”. Um dos participantes, o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, estima que serão investidos no setor cerca de US$ 354 bilhões, de 2012 a 2015.

“Para aproveitar as chances que a cadeia de petróleo e gás oferece temos que trabalhar de forma articulada. Sobretudo, desenvolver as indústrias com potencial para se tornarem fornecedores dela. Se conseguirem cumprir as exigências, essas empresas se beneficiarão do crescimento do setor e também poderão fornecer produtos para o mercado externo”, analisou.

O coordenador dos Núcleos de Petróleo e Gás da CNI, Frederico Turra, prevê investimentos de US$ 400 bilhões em equipamentos e serviços até 2020, feitos pela Petrobras e outras operadoras. Também estima que serão criados dois milhões de empregos. O principal obstáculo entre o dinheiro e as empresas é a baixa qualificação dos trabalhadores, alerta Turra. Ele pondera que nada poderá ser feito se não houver recursos humanos adequadamente treinados em todos os níveis. “A cadeia de petróleo e gás tem que formar 208 mil trabalhadores em 185 categorias até 2015. Precisamos de soldadores, operadores de sonda, engenheiros, entre outros”, disse Turra.

O diretor da Abimaq e consultor da CNI, Alberto Machado, traçou um panorama da história do setor desde sua criação na década de 50. Ele também fez um balanço dos pontos fortes da cadeia brasileira de petróleo e gás (parque industrial instalado, desenvolvimento tecnológico, capacitação gerencial, capacitação da economia, Prominp, financiamentos, capacidade de resposta etc), dos pontos fracos (falta de competitividade, desconhecimento do setor, falta de integração, engenharia nacional, custo das matérias primas, tecnologia de processo etc). “Há oportunidades: a demanda pelo produto, recessão na Europa, visibilidade que o Brasil alcançou, a crise dos países exportadores de petróleo, credibilidade internacional e postura do governo. Temos que organizar o trabalho interno para a construção dos planos de ação para a Federação de cada estado. Fazer o levantamento dos pontos fortes e fracos”, propôs.

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