O ingresso da Venezuela amplia a importância econômica do Mercosul e abre oportunidades promissoras de negócios e investimentos para a indústria do Brasil e dos demais países do bloco econômico. Com a chegada do novo sócio, a participação do Mercosul na economia da América do Sul aumenta de 70% para cerca de 80%.
Além disso, cria perspectivas positivas para acelerar os investimentos brasileiros e o intercâmbio de produtos industrializados e recursos energéticos entre Brasil e Venezuela. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que defende a integração econômica da América do Sul e os acordos comerciais do Mercosul com outros países.
Mas a indústria brasileira alerta que o novo sócio também tem obrigações a cumprir. Em nota, a CNI destaca que a Venezuela precisa cumprir alguns requisitos para conquistar a confiança dos investidores e assegurar o futuro do bloco econômico. Entre esses requisitos está a maior transparência na política cambial e a definição de uma agenda para resolver as pendências técnicas do programa de liberalização comercial do Mercosul.
Na avaliação da indústria brasileira, o bloco deve definir prazos para a Venezuela adotar a Tarifa Externa Comum (TEC) e a lista de exceção à TEC do Mercosul. Também precisa garantir o apoio da Venezuela aos acordos já firmados e os que estão em negociações com outros países.
Para a CNI, o Grupo de Trabalho, que tratará do cumprimento das regras pelo novo sócio, deve se empenhar para reforçar a estabilidade e a previsibilidade do bloco econômico, garantindo a proteção aos investimentos, o aprofundamento da integração econômica e a construção do consenso sobre a importância da inserção internacional dos países do Mercosul.