Plano do governo elevará competitividade do país, avalia CNI

Presidente Robson Andrade destaca que os investimentos em rodovias e ferrovias, anunciados pelo governo, reduzirão os custos dos transportes e vê positivamente a entrada do setor privado nas obras

O Programa de Investimentos em Logística: Rodovias e Ferrovias está no caminho certo e vai garantir mais competitividade para as empresas brasileiras. A avaliação foi feita no dia 15 de agosto, pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, depois do anúncio do plano do governo que prevê investimentos de R$ 133 bilhões em 25 anos e a concessão de rodovias e ferrovias brasileiras.  Para a CNI, o aumento da participação da iniciativa privada na economia é essencial para ajudar o país a superar as deficiências da infraestrutura brasileira.

“O país precisa de investimentos em infraestrutura que certamente vão dar mais competitividade à economia brasileira. Hoje temos estudos mostrando que, enquanto o custo da logística nos Estados Unidos, equivale de 6% a 8% do valor do produto, no Brasil chega a 18%. Estamos indo no caminho correto para dar  mais competitividade à empresa brasileira”, afirmou Andrade, depois de participar da cerimônia no Palácio do Planalto, em que o ministro dos Transportes, Paulo Passos, e a presidente Dilma Rousseff apresentaram o plano a um grupo de líderes empresariais e governadores.

Segundo Andrade, o novo plano contém muita coisa que estava prevista no Programa de Aceleração do Crescimento. “Mas a grande novidade é a entrega para a iniciativa privada. O governo vai deixar que a iniciativa privada  faça os investimentos necessários. Não é uma privatização, é uma concessão”, afirmou o presidente da CNI.

Investimento em Infraestrutura

O programa prevê que R$ 79,5 bilhões sejam investidos nos próximos cinco anos, e o restante, R$ 53,5 bilhões, sejam aplicados em até 25 anos. Do total, R$ 42 bilhões serão investidos para duplicar 7,5 mil quilômetros de rodovias por meio de concessões, e R$ 91 bilhões serão utilizados para construir 10 mil quilômetros de ferrovias por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

A má qualidade do transporte brasileiro é um gargalo ao aumento da competitividade da indústria brasileira. O estudo Competitividade Brasil 2010, feito pela CNI, aponta que o Brasil ocupa a pior posição em relação à qualidade do transporte em um grupo de 14 países, entre os quais estão Chile, Argentina, Colômbia e México.  Na infraestrutura de transporte, o Brasil também perde para as principais potências emergentes: China, Índia, Rússia e África do Sul.

A malha de transporte ruim eleva em 24,8% o custo operacional do frete brasileiro, segundo dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Os dados da CNT mostram que esse custo é menor nas rodovias administradas pela iniciativa privada, pois 87% delas estão em estado considerado bom ou ótimo. O mesmo não ocorre nas estradas administradas pelo governo, das quais apenas 34% estão em estado bom ou ótimo.

Ao defender a extensão das concessões para portos e aeroportos, a CNI também sugere a definição de metas e uma política de integração com outros meios de transporte para facilitar o funcionamento do sistema portuário. No caso dos aeroportos, a CNI propõe a ampliação do número de terminais administrados por empresas privadas. Outra medida importante para a competitividade brasileira, lembra a CNI, é a redução do custo da energia. A expectativa da indústria é que o governo federal apresente um projeto ousado que reduza de 10% a 20% o custo da energia.

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