Alunos do Ciência Sem Fronteiras poderão fazer estágios nos EUA

Existem 50 empresas brasileiras que atuam nos Estados Unidos interessadas em participar da iniciativa, e a expectativa do governo é elevar esse número

Os estudantes que participam do programa de bolsas para iniciação científica Ciência sem Fronteiras terão apoio dos governos do Brasil e dos Estados Unidos para fazer estágios em empresas com atuação nos dois países.  O anúncio foi feito nesta quinta, 30 de agosto, pelo subsecretário do Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DoC), Francisco Sanchez, e pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC), Tatiana Prazeres, durante reunião com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

A secretária informou que já existem 50 empresas brasileiras que atuam nos Estados Unidos  interessadas em participar da iniciativa. Mas a expectativa do governo é elevar esse número.  “O objetivo é aproximar os alunos brasileiros das tecnologias norte-americanas e vice-versa”, explicou Tatiana Prazeres. “Os Estados Unidos e o presidente Obama apoiam a iniciativa”, afirmou Sanchez. Ele anunciou que representantes de  66 universidades norte-americanas estão no Brasil para atrair estudantes  e apoiar o Ciência sem Fronteiras, programa do governo brasileiro que financiará cem mil bolsas de iniciação científica no exterior em quatro anos.   A CNI apoia o programa financiando 6 mil das cem mil bolsas do Ciência Sem Fronteiras.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o intercâmbio na área de estágios é um exemplo da evolução do relacionamento entre Brasil e Estados Unidos, e que os dois países devem continuar nesse caminho. “Há uma grande mudança na disposição dos dois governos em encontrar soluções para os problemas do setor privado”, afirmou Abijaodi.

PROPRIEDADE INTELECTUAL – Durante o encontro, o subsecretário norte-americano recomendou ainda que Brasil e os Estados Unidos devem buscar formas de promover a proteção da propriedade intelectual. “É importante que as empresas tenham certeza de que estão protegidas”, destacou Sanchez.

Na avaliação da CNI, a assinatura de acordos de cooperação técnica entre o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) com o escritório de propriedade industrial dos Estados Unidos e de outros países evitará a duplicidade de procedimentos no trabalho de avaliação dos processos de concessão de patentes. Isso ajudará o Brasil a reduzir o prazo de análise dos processos de concessão de patentes.

A reunião do subsecretário do Departamento de Comércio dos Estados Unidos e da secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, com cerca de cem empresários ocorreu logo depois da 9ª edição do Diálogo MDIC-DoC. O encontro  foi criado em 2006 pelos então presidentes George W. Bush, dos Estados Unidos, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, para discutir as relações entre os dois países. Essa foi a segunda vez que os integrantes do Diálogo apresentam as conclusões da reunião a um grupo de empresários.

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