Consumidor continua confiante, informa pesquisa da CNI

O componente que mais se recuperou foi o do endividamento, com alta de 4,4% na comparação com junho. A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas em 141 municípios entre 12 e 17 de julho

A confiança do consumidor brasileiro se manteve em julho na comparação com o mês anterior, informa a pesquisa Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgada nesta segunda-feira, 30 de julho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador aumentou 0,4% e passou de 112,6 em junho para 113 neste mês. Com isso, ficou no mesmo patamar de julho do ano passado. A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 12 e 17 de julho.

Dos seis componentes do índice, três tiveram alta no mês e três, queda. Como os três que aumentaram tiveram variação mais forte do que os que caíram, o INEC teve variação positiva. O componente que mais se recuperou em julho foi o do endividamento, com uma alta de 4,4% na comparação com junho. “O recuo do endividamento é positivo, porque diminui o risco de inadimplência”, resume o economista da CNI Marcelo Azevedo. Em relação ao mesmo período do ano passado, o endividamento melhorou 2,8%.

Outro componente do INEC que teve recuperação em julho foi o da situação financeira. De acordo com a pesquisa, esse componente melhorou 1,4% em relação a junho e passou de 111 para 112,5.  A expectativa sobre o desemprego foi o terceiro componente do índice que teve melhor desempenho em julho na comparação com junho. A alta foi de 1,2% e passou de 124,6 para 126,1. Isso indica que caiu o percentual de pessoas que espera o aumento do desemprego.

“De modo geral, o INEC está estável e num patamar elevado,” diz Azevedo. O patamar atual, de 113, é o mesmo de novembro e dezembro do ano passado e de janeiro desse ano.

As expectativas de inflação e de renda pessoal foram dois componentes que demonstraram recuo na pesquisa de julho. O primeiro caiu 1,6% ante junho, de 112,5 para 110,7. O segundo regrediu 1% na comparação com o mês anterior, de 113,7 para 112,6.  “A expectativa com a inflação já esteve bem pior neste ano (100,9, em janeiro), então esse recuo não é preocupante”, afirma Azevedo.

O terceiro componente do INEC que apresentou queda em julho, com retração de 1,4%, foi o de compras de maior valor. O componente recuou de 111,9 para 110,3. “Isso mostra que o consumidor está mais cauteloso na hora de adquirir bens de maior valor”, define Azevedo.

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Índice Nacional de Expectativa do Consumidor

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