As maiores entidades empresariais do Brasil e da Índia criaram nesta segunda-feira, 11.06, o Fórum de Executivos Brasil-Índia, que será co-presidido por dirigentes das empresas de tecnologia Infosys, indiana, e Stefanini, brasileira. Diretores da Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde foi firmado o acordo, e da sua congênere Federação de Câmaras do Comércio e da Indústria da Índia (FICCI) ocuparão as secretarias executivas do fórum.
O ministro do Comércio e Indústria da Índia, Anand Sharma, que participou do lançamento, disse que o fórum “ vai dar a matéria prima de que as joint ventures dos dois países precisam para crescer ainda mais”. Segundo ele, já existe um trabalho conjunto entre empresas brasileiras e indianas, mas em momentos de recessão, como o atual, frisou, é preciso diversificar as parcerias.
Sharma assinalou que para evitar os efeitos da crise econômica internacional, Brasil e Índia devem ampliar os investimentos em infraestrutura. Informou que, na Índia, as inversões no setor somarão US$ 1trilhão nos próximos cinco anos.
O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, enfatizou que os Brics (grupo de países formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul) são os únicos capazes de reerguer a economia mundial, pois responderam à crise com um mercado doméstico forte e uma grande capacidade de abrir novas fronteiras. “O Fórum de CEOs é mais uma forma de buscar maneiras diferentes de cooperação e desenvolvimento”, declarou.
O comércio entre Brasil e Índia somou US$ 8,6 bilhões em 2011, com déficit para o lado brasileiro de US$ 2,4 bilhões. O Brasil compra no mercado indiano principalmente derivados de petróleo, ceras minerais e produtos farmacêuticos. Entre os maiores itens de exportação para a Índia estão minério de ferro, soja, açúcar e carne de frango.