Governo e empresários trabalham para ampliar e diversificar a pauta do comércio exterior brasileira, em que os produtos e serviços de tecnologia da informação representaram, em 2011, cerca de US$ 2,5 bilhões. O aprofundamento do diálogo e a troca de informações entre governo e empresários são decisivos para o país enfrentar a competição e fortalecer as parcerias e a cooperação técnica com outros países.

Nesta segunda-feira (5/3), em Hannover, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu com a defesa da indústria brasileira a um grupo de 25 empresários, que participam da Feira Internacional das Tecnologias da Informação e das Comunicações (Cebit). Neste ano, o Brasil é o país homenageado pela Feira alemã.

No encontro, Dilma falou sobre as perspectivas da economia brasileira e a importância da participação do Brasil em eventos internacionais. Também conheceu algumas empresas da delegação, que participam da Feira como expositores ou visitantes, em busca de oportunidades de negócios e de parcerias estratégicas.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, apresentou à presidente os interesses dos empresários brasileiros que participam da Cebit e de eventos no exterior. Os empresários pretendem ampliar seus mercados e buscar oportunidades para desenvolvimento de parcerias e novas tecnologias, disse Andrade. Ele também comentou as dificuldades enfrentadas pelos empresários brasileiros diante do acirramento da concorrência externa.

Em seu discurso na abertura da Cebit, Dilma Rousseff falou dos avanços da automação no sistema bancário brasileiro. Salientou as vantagens de se unir a qualidade alemã à flexibilidade brasileira e de conjugar a criatividade brasileira com a tecnologia alemã, como estratégia para reforçar e aumentar as relações comerciais entre o Brasil e a Alemanha.

Ao lado da primeira ministra alemã, Angela Merkel, Dilma destacou as vantagens do fortalecimento da cooperação entre Brasil e Alemanha principalmente para as pequenas e médias empresas dos dois países que desejam crescer e ganhar mercados, unindo vantagens competitivas.

Conforme a presidente, a Alemanha pode ser parceira estratégica do Brasil em tecnologia da informação e muitas outras áreas tecnológicas por meio do programa Ciências sem Fronteiras. Dilma acrescentou que há necessidade de se melhorar ainda mais a infra-estrutura brasileira de tecnologia da informação e buscar a integração da América Latina em transmissão de dados, fator fundamental para o desenvolvimento econômico e social da região.

O presidente da CNI lidera a missão de 120 empresários à Cebit 2012, a maior feira internacional de tecnologia da informação, que termina neste sábado, 10 de março. Além das vistas guiadas à feira, a missão brasileira participará de encontros de negócios, visitas técnicas às empresas e ao Instituto Fraunhofer, que mantém parcerias com mais de 60 instituições de pesquisa tecnológica na Alemanha, formando uma das maiores redes de inovação do mundo.