Barreira argentina é retrocesso para o Mercosul e prejudica exportações brasileiras, alerta a CNI

A nova barreira imposta pelo governo argentino, cujo objetivo é controlar a balança comercial daquele país, trará prejuízos para o Brasil

A decisão da Argentina de exigir dos importadores e empresas daquele país declaração formal que antecipa a programação de compras no exterior, é mais um retrocesso para o comércio no Mercosul. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

A nova barreira imposta pelo governo argentino, cujo objetivo é controlar a balança comercial daquele país, trará prejuízos para o Brasil, alerta a CNI. A medida, que aumentará a insegurança jurídica sobre as regras da política comercial argentina, pode reduzir as exportações brasileiras. Além disso, representa uma ameaça aos sistemas de produção das empresas brasileiras com filiais na Argentina, que trabalham com fornecedores brasileiros em regimes de cadeias produtivas.

A medida, adotada na terça-feira, 10 de janeiro, amplia a série de iniciativas anunciadas pela Argentina desde 2010 para proteger o seu mercado. Para a indústria brasileira, a crise econômica mundial não pode servir de pretexto para uma onda protecionista entre parceiros comerciais.

Por isso, a CNI espera que os governos e os empresários dos dois países busquem soluções comuns para o enfrentamento da crise. “Os conflitos comerciais, nocivos aos dois lados, devem ser evitados a todo custo”, argumenta a CNI.

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