Especialistas dos EUA e Colômbia traçam panorama internacional do cenário energético

O painel, coordenado por Nelson Vieira Barreira, diretor da Divisão de Energia do Deinfra/Fiesp, discutiu os modelos de comercialização de eletricidade em alguns países, buscando estabelecer uma relação com o modelo brasileiro

“Energia nos Estados Unidos: tão suja, tão barata.” Foi assim que Peter Brown, Chief Operating Officer Fellon McCord, iniciou sua palestra no painel Experiências Internacionais no Mercado Livre, realizado nesta segunda-feira (06/08), durante o 13º Encontro Internacional de Energia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital.

Segundo ele, essa frase – uma apologia ao slogan do Encontro “Energia no Brasil: tão limpa, tão cara” – define a energia norte-americana. “Nos EUA é exatamente o oposto do Brasil”, afirmou ao lembrar que lá a energia é muito mais barata, comparativamente com outros países.

Brown ressaltou que os tributos no preço da energia norte-americana representam apenas 10% do valor e explicou que este valor é definido por diversos fatores, como clima, tecnologia, furacões, demanda, economia, legislação etc. “O sistema energético dos EUA é muito mais complexo, o que não necessariamente faz dele mais sofisticado”, explicou.

De acordo com Brown, nos últimos quatro anos, houve uma revolução na produção de gás natural nos EUA, com um aumento de 25%. “Essa revolução resultou em menores preços de energia para a indústria”, concluiu.

O painel, coordenado por Nelson Vieira Barreira, diretor da Divisão de Energia do Deinfra/Fiesp, discutiu os modelos de comercialização de eletricidade em alguns países, buscando estabelecer uma relação com o modelo brasileiro e possível adoção de regras externas, casos viáveis para o nosso mercado.

Também participaram da mesa Jeffery Dennis, Legal Advisor Federal Energy Regulatory Commission (Ferc), que apresentou as perspectivas de sucesso e desafio do mercado de energia norte-americano; e Pablo Corredor, Cier e PHC SAS, da Colômbia.

Corredor explicou as características muito peculiares daquele país no mercado energético e lembrou que é fundamental que a estrutura institucional seja clara: “Transparência de informação é fundamental”, concluiu.

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