O Pará é o quarto estado brasileiro que mais exporta para Israel. Nos seis primeiros meses deste ano, a comercialização dos produtos paraenses àquele país rendeu US$ 14.394 milhões, no entanto, comparado ao mesmo período de 2011, o valor exportado caiu em 14,72%, de acordo com dados do Centro Internacional de Negócios (CIN), da FIEPA. Para fortalecer a parceira comercial e promover intercâmbio de tecnologia e processos de inovação, o embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, esteve nesta quarta-feira, 25, em Belém, onde participou de reunião com dirigentes do Sistema FIEPA. Na ocasião, o embaixador foi acompanhado pelo presidente do Centro Israelita do Pará, Jaime Bentes.
O país do Oriente Médio, reconhecido mundialmente pelos avanços tecnológicos, se propôs a desenvolver parcerias estreitas com o Pará e intercâmbios que promovam a troca de conhecimento. “Somos líder mundial em tecnologia. Nossos projetos de irrigação, por exemplo, são reconhecidos mundialmente. As grandes empresas de comunicação e tecnologia fabricam em nosso país muitos dos componentes dos produtos que são comercializados no mundo todo”, destacou o embaixador Rafael Eldad.
De acordo com o presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos, a visita do embaixador e o interesse de Israel em aumentar o entrelaçamento com o Pará é bastante oportuna. “O grande mote para o desenvolvimento do país está focado na inovação. Inclusive, a Confederação Nacional da Indústria e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) vão investir cerca de R$ 2 bilhões para que a indústria brasileira avance nos processos de inovação e desenvolva novas tecnologias. Desse total, o Pará receberá R$ 77 milhões, dos quais 67% serão investidos para a criação do Instituto Senai de Inovação em Tecnologias Minerais”, destacou Conrado. “Por conta deste atual momento que estamos passando, focando mais na inovação, considero que a vindoura parceria com Israel será muito positiva para o desenvolvimento da indústria nacional”, enfatizou.
Da parte do Pará, os dirigentes do Sistema Fiepa reforçaram a necessidade de expandir a pauta de exportação com Israel. “Existe um potencial. A demanda esta aí. É preciso apenas diversificar os produtos. Atualmente, 89% da balança são carnes desossadas de bovino. Existem muitos outros produtos que podemos passar a comercializar, até porque existe um acordo entre o Mercosul e Israel que facilita as exportações”, afirmou o coordenador do CIN-FIEPA, Raul Tavares.
Para reforçar a parceria com Israel, a Fiepa ficou de articular Missão Empresarial para o país do Oriente Médio, onde empreendedores e empresários brasileiros poderão expandir a rede de relacionamento e fortalecer a parceria comercial entre Brasil e Israel.
