Fiemt participa do lançamento do Plano Nacional da Cultura Exportadora em Cuiabá

Mato Grosso é o primeiro Estado do Centro-Oeste e o sétimo do Brasil a receber o plano organizado pelo governo federal, que tem por objetivo aumentar e qualificar a base exportadora

Com o intuito de impulsionar a economia brasileira por meio da inserção de empresas no comércio internacional, foi lançado nesta quarta-feira (04/05), em Cuiabá, o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). A solenidade também simbolizou o início das atividades do Conselho Estadual de Comércio Exterior, onde a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) é conselheira. O Estado é o primeiro do Centro-Oeste e o sétimo do Brasil a receber o Plano, organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Com o objetivo de aumentar e qualificar a base exportadora, o PNCE se baseia em três pontos: diversificação da pauta brasileira de exportações, diversificação dos destinos das exportações brasileiras e diversificação das origens das exportações brasileiras. Para o presidente do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, a inciativa do Plano é “louvável” e os empresários mato-grossenses devem focar no comércio exterior, principalmente neste momento que o mercado interno não está positivo.

“Este projeto da cultura exportadora deveria ter sido feito há 20 anos, por isso esse lançamento é uma das coisas mais importantes no Estado hoje. Com o Brasil praticamente quebrado, onde nada se compra e nada se vende, o comércio exterior seria uma boa oportunidade, tendo em vista as condições do dólar favorável para a exportação. Temos pontos a melhorar, a burocracia é muito grande e os portos são ruins, além da necessidade de qualificar os empresários. Mas a importação e a exportação é só uma questão de começar, por isso a iniciativa é válida mesmo que tardia. Parabéns ao Governo de Mato Grosso e à Sedec por ter encampado este projeto, para melhorar a exportação do Estado”, afirmou Milan.

O PNCE é desenvolvido em cinco etapas – sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização. O primeiro lançamento do PNCE foi em agosto de 2015 no estado de Minas Gerais, seguido por São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Piaui. Até o final do ano, todos os estados receberão ações do PNCE. De acordo com o Diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, Erlon Alves Brandão, há uma demanda mundial enorme e o Brasil precisa aproveitá-la. Ele enfatizou o fato do Brasil ser o 25º maior exportador mundial, apesar de ter a 9ª economia do mundo.

“Estamos aqui hoje para mudar esta realidade, aumentar a base exportadora. Temos hoje cerca de 20 mil exportadores no Brasil, o que é pouco se comparado às milhões de empresas que produzem, e cerca de 500 no Estado - um estado com um superávit muito importante para a economia brasileira e para as contas externas. Buscamos aqui diversificar essa pauta, incentivar as micro e pequenas empresas. O Plano traz a governança e o conjunto de 18 entidades nacionais. E o Conselho traz para a realidade do Estado as ações nacionais para adequá-las aos empresários locais, através de uma metodologia única, que é a trilha da internacionalização. Temos um trabalho árduo pela frente e esperamos colher frutos positivos no médio prazo porque o Estado tem um potencial imenso”, disse.

Os próximos passos do PNCE no Estado serão: cadastrar as instituições que compõem o Comitê no Sistema PNCE, iniciar cadastro de empresas no Sistema, identificar ações que podem ser desenvolvidas pelas entidades, cadastrar as ações no Sistema PNCE e planejar as ações para 2016. Para o secretário adjunto de Indústria e Comércio de Mato Grosso, Eduardo Motta, o Estado tem trabalhado desde o último ano para consolidação da agenda de comércio internacional.

“Nessa aproximação do governo do Estado com as entidades locais, o intuito é fomentar e tentar ampliar o que já está posto no polo exportador, enxergando mercados diversificados. O Conselho, apesar do simbolismo de criação, já teve três encontros. Estamos muito empenhados para cumprir a primeira etapa, com auxílio do MDIC, de cadastramento e credenciamento, para nos aproximar mais deste pequeno e médio exportador. É importante também que sejamos como um fórum de discussão dos gargalos que eles, eventualmente, estejam enfrentando. O Estado está desde o ano passado bastante empenhado em resolver várias questões tributárias e legislativas e, ao mesmo tempo, não está parando de prospectar novos mercados”, finalizou.

O evento de lançamento do PNCE também contou com a presença do gestor de projetos setoriais da ApexBrasil, Marcos Soares, e da diretora do Sebrae em Mato Grosso, Leide Novaes.

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